Presidente do Sporting abordou o elevado número de lesões que têm afetado os leões e falou ainda sobre o mercado de transferências de inverno
Em entrevista à Sporting TV, Frederico Varandas abordou a maré de lesões que têm afetado o clube.
«A lesão existe no desporto. É um facto. Temos tido épocas com muito poucas lesões. Do ponto de vista de lesões traumáticas foram muito poucas. De lesões musculares também. O que aconteceu este ano? Temos tido muitas lesões traumáticas. Dos oito lesionados, cinco são lesões traumáticas e três dessas graves. E três lesões musculares, o que é perfeitamente normal, tendo em conta o volume e exposição de risco que têm», começou por dizer.
No departamento médico dos leões encontram-se: Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Daniel Bragança, João Simões, Morita, Morten Hjulmand, St Juste e Geny Catamo.
«O que acontece aqui que não é normal? Em novembro começámos com uma vaga de quatro lesionados. Temos logo dois problemas: não contamos com estes jogadores e os disponíveis não vão poder rodar. Não há milagres e os jogadores vão sobrecarregar-se. Lesões trazem sempre mais lesões. Tivemos três/quatro lesões pesadas em jogadores nucleares, ainda para mais num ano em que estamos em todas as frentes», acrescentou.
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Questionado sobre uma possível maneira de prevenir tantas lesões, Varandas confessou que talvez seja crucial começar a «abdicar» da Taça da Liga, face ao apertado calendário e num ano em que foi alterado o formato da Liga dos Campeões.
«Se calhar abdicar de competições como a Taça da Liga. Se do ponto de vista regulamentar não existe, se calhar o Sporting tem de encarar de uma maneira diferente o ponto de vista competitivo. Os jogadores não são sobre-humanos. São muitos clubes com lesões em massa, que disputam a Champions e isto tem de ser analisado», disse.
Sobre o mercado de inverno, o presidente do Sporting abordou a saída de Marcus Edwards e Vladan Kovačević.
«Edwards? Foi uma decisão da administração e do treinador. É um jogador que é nosso, um nosso ativo com muito talento e que acreditamos. Obviamente que temos de ser melhores com o Edwards para tentar trazer o melhor dele. Mas o Edwards também tem de ser melhor para dar o melhor de si. Achámos, entre administração e equipa técnica, que o melhor era emprestar», revelou.
«Kovačević? Foi um jogador que não teve um início fácil e não se conseguiu adaptar. Dizendo da forma mais crua e transparente: não correspondeu às expectativas criadas pela sua contratação. A posição de guarda-redes era uma prioridade no mercado de janeiro».
Por fim, o dirigente falou sobre Viktor Gyökeres, afastando qualquer rumor sobre uma possível saída: «Chegou no verão (2023) e no mercado de janeiro ia sair. Fomos campeões nacionais e o Viktor já quase não ia celebrar o campeonato, mas ficou. Depois neste mercado de janeiro era impossível reter o Viktor… e ficou. Não vou alimentar e não vale a pena falar do mercado de verão em fevereiro. Os jogadores têm mercado, cláusula de rescisão e o Sporting vai ter de tomar decisões e defender os interesses do clube», concluiu.