Palhinha: «Dividi mais tempo com o Ugarte e ele tem muito mérito»

4 jul 2022, 23:00
João Palhinha

Médio despediu-se do Sporting em entrevista à televisão do clube, na qual fez uma retrospetiva do tempo que passou em Alvalade

João Palhinha ainda agora deixou o Sporting, mas já está com saudades dos antigos companheiros de equipa. Em entrevista à SportingTV (na qual se emocionou), o internacional português explicou ainda a saída para o Fulham, de Inglaterra.

«Mesmo quando estava de férias já sentia saudades dos meus colegas. Aquilo que construímos aqui nos últimos anos não se paga. A união que temos é algo fora do normal», começou por dizer.

«Tinha a ambição de jogar na melhor liga do Mundo. Sempre disse que a despedir-me do clube, gostava de o fazer com títulos. Cheguei a pensar que ia sair do Sporting, deixando uma imagem que não era a minha», continuou.

O médio de 26 anos recordou depois a chegada aos leões, em 2012/13 pela mão de Aurélio Pereira, e numa altura em que era pretendido pelo Sp. Braga, e assumiu que ter-se afirmado em Alvalade foi um sonho concretizado.

«Ter conseguido afirmar-me no Sporting depois do empréstimo ao Sp. Braga foi um sonho realizado. Juntar a isso os títulos que conquistámos foi o marco mais bonito da minha carreira», confessou.

Houve depois elogios para os colegas de meio-campo – Matheus Nunes, Ugarte, Daniel Bragança e Dário Essugo – e a recordação do título de campeão conquistado em 2020/21: «Somos médios muito diferentes uns dos outros, mas qualquer um podia jogar. Na segunda metade da época dividi mais o tempo com o Ugarte e ele tem muito mérito. É um miúdo que está a crescer a olhos vistos, mas temos de frisar também o Dani [Bragança]. O Sporting tem de estar tranquilo para os próximos anos em relação a médios. O Dário também está a crescer e tem muita qualidade.»

«Já passou algum tempo, mas não me esqueço das coisas que se diziam no início da época em que ganhámos o título, depois da derrota com o LASK. As capas dos jornais, os comentadores a “rasgarem-nos” na televisão: que ia ser mais uma época desastrosa do Sporting, que havia jogadores que não tinham capacidade para representar o clube… e nós demos as mãos e fomos dando a chapada de luva branca durante a época. E no fim, conseguimos atingir a glória. Vou sempre guardar no meu telefone os vídeos desse dia e dessa festa. Sabíamos que era um dia que ia mudar as nossas vidas», prosseguiu.

«Quero agradecer o carinho que me deram e por me terem ajudado a dar a volta à minha história no clube. Não começámos de uma maneira fácil, não foi um caminho fácil, mas consegui dar a volta por cima. Foi muito importante todos os aplausos que senti desde o primeiro aquecimento até à última saída no estádio. Não tenho palavras para agradecer. Vou continuar a torcer pelo nosso clube», atirou, ele que revelou ter guardado a braçadeira de capitão que usou frente ao Benfica, na final da Taça da Liga deste ano.

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