Varandas: «Quem não for bom a formar, não vai andar na Champions»

19 nov 2022, 17:13
«Vou abandonar este patético mundo de covid, porque dentro de poucas horas vou entrar num banco de 24 horas para tratar doentes de covid reais», Frederico Varandas, 19 de janeiro

Presidente do Sporting fala na necessidade de ser-se bom na formação de jogadores para a sustentabilidade do futebol em Portugal

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, defendeu este sábado que a formação de futebolistas não é «uma opção», mas sim «uma obrigação» em Portugal, não só, mas também, para andar em competições como a Liga dos Campeões.

«Para outros clubes, outras ligas, a formação pode ser um prazer, um gosto, uma opção. Nós somos muito bons a fazer isto, por uma questão de sobrevivência. Temos mesmo de ser bons. Quem não for bom a formar jogadores, não vai conseguir sobreviver. Quando eu digo sobreviver, é andar na Champions», referiu, em declarações à Liga, na Thinking Football Summit, que decorre este fim-de-semana, no Porto.

«Podemos ter a opção de não vender e formar jogadores, mas então vamos ter uma liga ao nível da liga escocesa, grega, do Chipre. A única coisa que ainda nos permite mudar a nossa história, é o facto de produzirmos e vendermos jogadores. O palmarés do Sporting, nos últimos quatro anos, é a prova de que este rumo que tomámos, na formação, na sustentabilidade, na transformação digital e no investimento no clube todo, é um caminho que leva à vitória. Os títulos que conquistámos desde 2018 são a prova de como este modelo é um modelo sustentável, sim, mas também vencedor», concluiu, falando ainda da formação como uma base para a sustentabilidade dos clubes.

«Da forma como o sistema do futebol está montado em Portugal, que vive de um modelo de associativismo, Benfica, Sporting e FC Porto, os ditos três grandes, não temos outra hipótese de competir com as cinco principais ligas europeias se não vendermos jogadores. Neste momento, não é uma opção: é uma obrigação. As equipas portuguesas têm tido muito sucesso na Champions e com muito mérito têm vindo a passar a fase de grupos, nos últimos anos. Isso só é possível com este engenho, que é o de formar jogadores e vender. Eu sei que isto é difícil para o adepto, mas, neste momento, como a realidade e a indústria do futebol estão montadas, no dia em que os três grandes deixarem por algum motivo de potenciar, formar e vender jogadores, não vamos ter qualquer hipótese de jogar na Champions», defendeu, fazendo ainda uma referência a Cristiano Ronaldo, que dá o nome à academia dos leões.

«Cristiano Ronaldo é um motivo de orgulho e por isso é o nome da própria Academia do Sporting», notou.

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