Treinador do Sporting reconhece, no entanto, que a saída de Cristo González tem impacto no Arouca
O treinador do Sporting, Ruben Amorim, reservou vários elogios para o Arouca, adversário que os leões vão defrontar esta sexta-feira, em jogo da quinta jornada da Liga.
Os arouquenses viram partir nos últimos Cristo González, depois da saída em maio de Mújica, também para o Al Sadd. Amorim reconhece que a dupla faz falta, mas lembra que Henrique Araújo, avançado emprestado pelo Benfica, também tem características interessantes.
Os dois tinham um impacto muito grande na capacidade ofensiva da equipa. Eram das melhores equipas a jogar futebol porque decidiam muito bem. O Cristo tem muita qualidade técnica, vai fazer muita falta. O ataque à profundidade do Mújica era muito bom, mas o Henrique Araújo também tem essa capacidade. A característica mantém-se», disse.
«O Henrique tem grande potencial, qualidade. Fez um golo que estava fora de jogo na profundidade, numa finalização difícil, e por aí acho que é mais fácil o treinador trocar. O Cristo é muito difícil de substituir e é uma vantagem para nós», admitiu.
No entanto, lembra o técnico dos leões, a formação de Gonzalo García tem outras individualidades: «Mas há outros jogadores, estaremos preparados. A equipa mantém a característica de ter bola, o David Simão não pode ter muito espaço porque lança a equipa e eles gostam de profundidade. Vai ser muito difícil, mas estaremos preparados.»
A partida em Arouca joga-se antes da estreia do Sporting na Liga dos Campeões, diante do Lille, na próxima terça-feira. Para já, garante Amorim, ninguém pensa na Prova Milionária.
«O jogo com o Lille não interessa nada, depois temos mais tempo para recuperar. Claro que o facto de alguns jogadores terem viajado pode obrigar a alguma alteração, mas isso tenho de sentir no treino. Depois cada jogador recupera de maneira diferença. Poderá haver alguma alteração, mas de acordo com a fadiga para este jogo, nunca a pensar no Lille.»
Se na primeira época, Amorim foi sempre dizendo que a equipa de Alvalade ia «jogo a jogo», de lá para cá a ambição tem sido reforçada. Esta temporada não é exceção.
«Desde o ano passado que disse que queríamos ser bicampeões, esse é o objetivo. Claramente no primeiro ano corríamos por fora, a partir daí lembro-me de dizer que éramos candidatos. É um grande objetivo para nós, queremos muito ser bicampeões porque não somos há 70 anos. O facto de um clube ir à Liga dos Campeões muda completamente o cenário. Sabemos que o trabalho não está feito», atirou.