Banco quer sair em definitivo do financiamento ao futebol
O BCP argumenta que a venda da dívida ao Sporting serviu para «minimizar perdas» do banco e, assim, cumprir com o plano de deixar o financiamento ao futebol.
Na semana passada, os leões anunciaram a compra dos VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertidos) no valor de 83 milhões, o que levou a uma reação do rival Benfica: os encarnados apontaram a um perdão aos leões.
Ora, fonte oficial do BCP explicou a posição do banco ao ECO.
«O BCP tornou público há vários anos que ia sair do financiamento aos clubes de futebol. No final de 2021, apenas mantínhamos a exposição ao Sporting. Esses ativos, créditos, VMOC e todas as exposições passíveis de serem alienadas foram colocadas em mercado junto de investidores institucionais num processo estruturado, que permitiu definir o preço que minimiza as perdas do BCP.»
De acordo com o ECO, o desconto do BCP aos leões foi na ordem dos 70 por cento. Diz aquela publicação que «o BCP ficou a perder mais 55 milhões de euros com os VMOC do Sporting».
Com a propriedade dos VMOC, o BCP podia tornar-se um grande acionista da SAD leonina. Com a venda das VMOC elimina essa possibilidade e recupera uma parte da dívida.
Refira-se que, tal como o BCP, também o Novo Banco tinha negociado a dívida e a questão das VMOC com o Sporting ainda em 2019. O acordo para a compra de VMOC anunciado na semana passada contemplou apenas o BCP.