Sporting: participação de Álvaro Sobrinho na SAD baixa mais de metade

9 set 2022, 19:13
Estádio José Alvalade (Sporting)

De 29,85 para 13,28 por cento, em agosto

A participação da Holdimo, detida pelo ex-presidente do BES Angola, Álvaro Sobrinho, na Sporting SAD, diminuiu de 29,85 por cento para 13,28 em agosto, após o aumento de capital da entidade, segundo um relatório divulgado esta sexta-feira pelo emblema lisboeta.

A 18 de agosto, a SAD do Sporting anunciou um aumento de capital de 83,57 milhões de euros através da conversão de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) em ações, com o capital da sociedade leonina a passar para 150,71 milhões de euros.

Esta operação teve impacto nas participações acionistas, com o Sporting a passar a deter 83,90 por cento do capital da SAD (67,32 em ações da categoria A e 16,58 em ações da categoria B), correspondentes a 126.322.554 títulos, e com Álvaro Sobrinho (Holdimo) a ver a sua participação diluída para 13,28, mantendo em sua posse 20.000.000 de ações, lê-se no relatório sobre o governo da sociedade difundido através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta sexta-feira.

Em conjunto, o Sporting e a Holdimo concentram mais de 97 por cento do capital da SAD e os restantes acionistas, que até 30 de junho tinham 6,33 por cento, também viram diminuídas as suas posições para 2,82 por cento a partir de 16 de agosto, data de concretização da operação de conversão dos VMOC que estavam nas mãos do BCP em ações.

No final de julho, foi conhecida a acusação do Ministério Público português contra o ex-banqueiro luso-angolano, que é suspeito de se ter apropriado de forma indevida de vários milhões de euros do Banco Espírito Santo (BES) através de contas do BES Angola.

Este é um dos muitos pontos da acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) contra o ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) Álvaro Sobrinho num processo em que também foram acusados o ex-administrador do BESA, Hélder Bataglia, bem como o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, e os ex-administradores Amílcar Pires e Rui Silveira.

Neste inquérito foi deduzida acusação contra cinco elementos do Conselho de Administração do BESA e do BES, pela prática de abuso de confiança agravado, de burla qualificada e de branqueamento agravado, por factos ocorridos entre 2007 e julho de 2014.

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