Treinador revela como foi feito o convite e assume que o clube evoluiu «de uma forma assustadora» desde a sua última passagem
Contratado na segunda-feira para suceder a Daniel Sousa, Carlos Carvalhal assumiu-se «feliz» por regressar ao Sporting de Braga, uma casa que bem conhece, já que vai para a terceira passagem no clube.
«É bom estar aqui, estou muito feliz por estar aqui. Agradecer ao presidente por me ter dado a oportunidade de voltar a casa. Sinto que praticamente não saí daqui, é a sensação que tenho. É o meu clube, estou extremamente feliz por estar com estes jogadores, esta administração, estes adeptos e inclusive jornalistas. Fomos muito bem-recebidos. O que fizemos desde a nossa chegada, daí nem sequer ter havido apresentação, foi arregaçar as mangas e ir para o campo trabalhar. Estamos em tempo de trabalho e não de muita conversa. Foco, disciplina, honrar o Sp. Braga», começou por dizer na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Servette, da 2.ª mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa.
Carvalhal revelou os bastidores da sua contratação e assumiu que não demorou muito tempo para aceitar o convite de António Salvador.
«Acordei de manhã com uma mensagem do presidente António Salvador, já me tinha enviado à noite, bastante tarde. A mensagem era para estar às 8h30 para reunir nas instalações. Sentei-me, o presidente fez-me o convite, pôs-me as condições e aceitei. Dois minutos ou três, no máximo, e ficou tudo resolvido», contou.
«A motivação é altíssima, é o meu clube. Ter vencido a Taça de Portugal no Sp. Braga foi a minha Champions. Tudo o que conquistar aqui tem um valor dez vezes maior do que noutro clube. Passados dois anos, o clube evoluiu de uma forma assustadora. É um clube completamente diferente. As instalações são de nível mundial, conheço muitas a nível europeu e só vi uma ou duas ao mesmo nível ou melhor. São instalações fantásticas. A grande diferença nestes dois anos é que sou avô, já envelheci um bocadinho. Tenho essa motivação também», reforçou.
O técnico de 58 anos garantiu que chega sem receio e «de peito aberto».
«Se tivesse receio não vinha para aqui, tenho é coragem. No futebol, já vivemos situações difíceis, como falta de organização e dificuldades financeiras, em clubes que estavam obrigados a ganhar. Vivemos isso tudo e estamos prontos para tudo. Estamos de peito aberto. Olho pelo lado positivo. O contrato é de dois anos e não de três dias. Importante é ganhar amanhã [quinta-feira]», atirou.
Carvalhal estava livre depois de ter deixado o Olympiakos na época passada e assinou um contrato de duas temporadas. Esta quinta-feira, vai ter o primeiro teste oficial, na visita ao Servette. Na 1.ª mão, na Pedreira, o Sp. Braga empatou a zero.