Carvalhal: «Acreditamos que vamos passar e não são palavras de circunstância»

23 fev 2022, 14:48
Carlos Carvalhal no Sp. Braga-Marítimo (Hugo Delgado/Lusa)

Treinador está convencido que um Sp. Braga «no limite» pode contornar a derrota de 2-0 com o Sheriff Tiraspol

Carlos Carvalhal está convencido que um Sp. Braga «no limite» pode contornar a derrota por 2-0 em Tiraspol e ultrapassar a enorme barreira que o Sheriff colocou diante dos guerreiros na primeira mão do play-off da Liga Europa. O treinador aposta numa equipa ofensiva, mas com muita atenção às transições rápidas dos moldavos.

«Em sete jogos da Liga dos Campeões, o Sheriff só perdeu com o Inter de Milão. Fez um percurso excelente na Champions, especialmente fora de casa. Agora, depois de uma derrota por 2-0, vai ser ainda mais difícil do que seria se tivéssemos empatado a zero. Acreditamos que vamos passar e não são palavras de circunstância. Vamos de coração lá para dentro, fazendo de tudo para conseguir vencer e passar a eliminatória», começou por enunciar o treinador dos minhotos em conferência de imprensa.

Um resultado difícil de superar, mas Carvalhal está convencido que é possível. «Os jogadores terão de estar no limite, no seu melhor, e precisamos do apoio dos adeptos e que perdoem os nossos erros. Sempre que um jogador é aplaudido, sobe de rendimento. É com esse espírito positivo que vamos jogar: que seja uma vitória de toda a gente, da equipa e da massa associativa. Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para seguirmos em frente na competição», acrescentou.

O Sp. Braga precisa de superar-se, mas sem perder o equilíbrio. «Temos que olhar para o jogo que lá fizemos, sabendo que o adversário é muito forte nas transições ofensivas. Não olhamos para o jogo só na perspetiva de atacar. Já no processo ofensivo, sabemos bem aquilo em que não estivemos bem na Moldávia, mas o relvado também estava seco e a bola não rolava. Aqui a bola vai rolar mais depressa e o nosso jogo poderá ser mais fluído. Teremos de ter o cuidado, porém, porque a relva estando mais rápida também beneficia as transições do adversário», comentou.

O Sp. Braga tem de marcar dois golos e não consentir nenhum, numa altura em que os golos fora deixaram de ter valor acrescido nas eliminatórias. «A nova regra da UEFA favorece a equipa que está em desvantagem. Antes um golo valia por dois, agora não. Temos um diferencial negativo de dois golos e há que equilibrar as contas, passando depois para a frente. Temos pela frente uma tarefa muito complicada que é proporcional à nossa vontade de ganhar a partida e seguir em frente na competição», referiu.

O treinador está com uma energia positiva em relação à eliminatória e não admite cenários de derrota. «Só acredito na passagem do Braga. Percebo as questões, mas as condições atuais também são diferentes da época anterior. Os pressupostos são diferentes. Esta equipa está em transformação, temos muitos jovens. Quase não houve alterações e a aposta na formação dura quase desde a época passada. Mais de 60 por cento dos jogadores tem menos de 21 anos, julgo eu. Há diferenças significativas. Temos a obrigação, ainda assim, de vencer todos os jogos. Foi por isso que ganhámos no Dragão e na Luz na época passada e em Alvalade já nesta temporada. Mas não estamos sozinhos nas competições, nem sempre é possível ganhar», comentou.

Rodrigo Gomes é uma das apostas fortes dos minhotos. «Depositamos grandes expectativas nele. Tem apenas 18 anos, já se estreou na época passada com 17 anos, tem vindo a confirmar a sua competência e tem correspondido. Mas não é por ser jovem que tem jogado na primeira equipa. Foi assim que o David Carmo apareceu há dois anos, e depois o Vitinha e o Moura, entre outros. Tem merecido as oportunidades que lhe temos dado», destacou.

Podemos, portanto, esperar por um Sp. Braga ofensivo na quinta-feira. «Só as dinâmicas é que se alteram. A lesão do Sequeira já nos fez alterar a dinâmica da equipa, tornando-se mais fixo um jogador na defesa. Mas temos conseguido seguir o nosso caminho. Amanhã não vamos alterar a nossa forma de jogar, criaremos antes diferentes dificuldades ao Sheriff em relação ao que fizemos na primeira mão. Vai ser difícil abrir a defensiva contrária, mas estamos apostados em fazê-lo», destacou o treinador que confirmou ainda a ausência de Paulo Oliveira nesta partida.

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