Bracarenses entendem que «em caso de litígio judicial poderá ser dada razão ao treinador», mas criticam a sua «postura» no processo, frisando que tinha sido acordado pagamento nos valores líquidos
O Sporting de Braga acusa o treinador Daniel Sousa de «falta de moralidade» na rescisão do contrato que ligava as partes até junho de 2026 e que foi acordada a 11 de agosto de 2024, ao fim de quatro jogos oficiais do técnico ao comando dos bracarenses.
Em comunicado, esta quarta-feira, o Sporting de Braga esclarece que comunicou a Daniel Sousa, ao fim da relação contratual, que «não seria prejudicado do ponto de vista financeiro» e que ia ser pago nos «valores líquidos a que teria direito até final do seu vínculo laboral», sendo que, caso o treinador assumisse, entretanto, outro clube, «apenas se descontaria ao valor da indemnização o rendimento que aí obtivesse, um acordo ao qual o treinador nada contrapôs», segundo a SAD do Sp. Braga.
Os bracarenses referem que foi enviada ao treinador «a minuta do acordo de rescisão que contemplava a indemnização acima referida» e que «estranhando a inação do treinador» numa resposta, o Sp. Braga «voltou a insistir para que a rescisão fosse assinada, uma vez que os seus termos correspondiam ao acordo previamente alcançado com o treinador».
O Sp. Braga conta depois que Daniel Sousa, «de forma imoral, comunicou ao clube que pretendia que o valor da indemnização, em termos líquidos, fosse superior ao valor que receberia de salário líquido caso continuasse, efetivamente, a trabalhar», isto é, e tal como o Maisfutebol noticiou na terça-feira, «pretendia que acrescesse ao valor líquido aquele que, no âmbito da relação laboral, se destinaria a descontos para a segurança social».
O Sp. Braga fala em valores «que não seriam devidos por estar em causa uma indemnização» e aponta à «falta de moralidade, razoabilidade e retidão do treinador que impede» que o acordo de rescisão já esteja assinado. No entanto, e reconhecendo que «em caso de litígio judicial poderá, eventualmente, ser dada razão, do ponto de vista legal, ao treinador», o Sp. Braga frisa que «ficará para sempre gravada na memória de todos a postura que o mesmo tem assumido neste processo».