Arouca-Sp. Braga, 0-6 (crónica)

28 ago 2022, 20:14

Segue a romaria bracarense na Liga

Tal como na época passada, o Braga chegou à meia dúzia em Arouca, num jogo em que ficaram espelhadas as dificuldades dos arouquenses em acompanhar o ritmo diabólico dos bracarenses, que aos 4 minutos já venciam por dois golos de diferença. Em quatro jornadas da I Liga, o Braga já marcou por 17 vezes, um registo a todos os níveis impressionante.

Quem vai à bola em Arouca já se habituou a cumprir horários, isto se quiser não perder nada de relevante. Há duas semanas, Mújica marcou no minuto inicial do duelo com o Gil Vicente, tal e qual o fez hoje Banza, o goleador-mor de um Braga vertiginoso no ataque, que inaugurou o marcador aos 24 segundos. Nem deu para respirar.

O golo intranquilizou o Arouca, que se viu e desejou para suster a avalanche atacante bracarense nos minutos iniciais. Empolgados pela energia que vinha das bancadas, os arsenalistas pressionavam alto, obrigando o adversário a errar. Foi precisamente assim que nasceu o 2-0, apontado por Ricardo Horta aos 4 minutos, após perda de bola de Uri Busquets.

Quando deu por si, o Arouca já perdia por dois golos de diferença, realidade dura, mas que não inibiu os canarinhos de esboçar uma resposta. Só que, e apesar dos remates com algum perigo de Alan Ruiz e Bukia, a diferença de andamento entre as duas equipas era tal que sempre que o Braga acelerava, o último reduto do Arouca dava de si. Foi assim aos 33 minutos, quando Vitinha, servido por Sequeira, cabeceou para uma grande defesa de Arruabarrena. Na sequência do canto, Al Musrati, sem oposição, cabeceou por cima da trave. 

O desnorte defensivo arouquense ficou bem patente na grande penalidade, algo ingénua, cometida por Milovanov sobre Banza, que Ricardo Horta converteu no 3-0 para o Braga. Simples e eficaz, tal como a jogada que valeu o quarto golo aos bracarenses, assinado por Vitinha, a passe de Banza. Um luxo, sem dúvida.

O carrossel ofensivo do Braga seguia imparável. Vitinha e Ricardo Horta ficaram perto do quinto na compensação da primeira parte, que chegaria a meio do segundo tempo, num golaço de Castro.

O 5-0 surgiu, curiosamente, no melhor momento do Arouca no jogo, rejuvenescido pelas entradas de Moses e Antony, sobretudo estes, e a aproveitar um certo relaxamento arsenalista, natural pelo avolumar do resultado. 

Antony teve, inclusive, uma bela oportunidade para apontar o tento de honra arouquense, aos 62 minutos, quando ultrapassou Matheus mas viu um defesa negar-lhe o golo. À entrada do último quarto de hora foi a vez de Arsénio, isolado, ficar perto de marcar, mas o guarda-redes do Braga opôs-se com qualidade.

Só que, do outro lado, continuava a chuva de golos bracarenses, o último dos quais apontado por Diego Lainez, que só teve de encostar para a baliza deserta, fechando o resultado. 

A história repetiu-se em Arouca, com o Braga a golear por 6-0, tal como na época passada. O arranque de época bracarense deixa água na boca. Quanto aos arouquenses, o melhor é mesmo esquecer o reencontro com os arsenalistas. Há dias assim. E adversários também.

Relacionados

Patrocinados