REVISTA DE IMPRENSA. Ex-primeiro-ministro é um dos convidados pessoais do novo presidente brasileiro
José Sócrates vai marcar presença na tomada de posse de Lula da Silva como presidente do Brasil no domingo, 1 de janeiro, no Palácio do Planalto, em Brasília, capital do Brasil. A notícia é avançada pelo Expresso que adianta que o ex-primeiro-ministro e amigo de Lula da Silva faz parte da lista dos convidados pessoais do novo presidente brasileiro.
Segundo o semanário, o convite foi feito através do embaixador Fernando Igreja, encarregado do protocolo da cerimónia de tomada de posse, que também convidou o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado viaja esta sexta-feira para Brasília, naquela que é a sua oitava deslocação enquanto Presidente da República ao Brasil e a terceira deste ano.
A relação de amizade entre Sócrates e Lula da Silva remonta a 2013, altura em que o novo presidente brasileiro viajou até Portugal para estar presente na apresentação do livro de José Sócrates (ver foto do artigo).
Sócrates, que é arguido na Operação Marquês, voltou a tribunal a 1 de junho, para ser interrogado pela juíza titular do processo extraído do caso para prestar esclarecimentos sobre as suas viagens de mais de cinco dias ao Brasil, onde está a realizar um doutoramento. Recorde-se que a medida de Termo de Identidade e Residência a que o ex-primeiro-ministro estava sujeito prevê que o arguido saiba da obrigação de não mudar de residência nem se ausentar por mais de cinco dias sem comunicar essa situação ao tribunal.
O Ministério Público tinha alegado que existia perigo de fuga e pediu uma nova medida de coação com apresentações periódicas à GNR. Pedido que foi aceite pela juíza.
José Sócrates foi acusado no processo Operação Marquês pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar José Sócrates de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.