Mais de 66 mil vacinados contra a covid-19 foram infetados e 467 morreram

19 nov 2021, 19:32
Enfermaria do Hospital de Viseu um ano após dar entrada o primeiro doente com covid-19

Entre os positivos, mais de mil foram internados com diagnóstico principal de infeção por SARS-CoV-2 e 346 com diagnóstico secundário

Mais de 66 mil pessoas com vacinação completa contra a covid-19 foram infetadas, o que representa 0,7% do total de vacinados, e 467 morreram, indica o relatório das “linhas vermelhas", divulgado nesta sexta-feira.

“Desde o início do processo de vacinação contra a covid-19, foram identificados 66.343 casos de infeção por SARS-CoV-2 entre um total de 8.925.907 indivíduos com esquema vacinal completo há mais de 14 dias (0,7%)”, refere a análise de risco semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o relatório, entre as pessoas infetadas, 1.292 pessoas - 1,9% - foram internadas com diagnóstico principal de covid-19 e 346 pessoas com diagnóstico secundário, sendo que cerca de metade tinha mais de 80 anos.

O documento adianta ainda que, entre os 66.343 casos, registaram-se 467 óbitos (1,1%), dos quais 345 em pessoas com mais de 80 anos.

Linhas vermelhas

As “linhas vermelhas” das autoridades de saúde indicam também que, de acordo com os dados de agosto, as pessoas com vacinação completa “parecem apresentar um risco de hospitalização aproximadamente duas a cinco vezes inferior aos casos não vacinados”.

Relativamente à ocorrência de óbitos por covid-19 tendo em conta o estado vacinal, verificou-se que, em outubro, ocorreram 132 mortes em pessoas com a vacinação completa e 33 óbitos em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

“O risco de morte, que é medido através da letalidade por estado vacinal, é 1,5 a 4 vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas sem esquema vacinal completo, de acordo com os dados de outubro, mês com os dados consolidados mais recentes. Estes valores podem ainda sofrer alterações devido ao atraso do evento morte em relação à infeção”, refere o relatório.

A análise de risco desta semana confirma ainda uma incidência de 203 novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulada nos últimos 14 dias, com “tendência fortemente crescente a nível nacional”.

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