A Rainha ama Alberto. Alberto gosta de ser amado pela Rainha
A Rainha Vitória, associada a uma época de puritanismo, foi uma mulher cheia de vida e apaixonada.Desde cedo o destino de Vitória foi delineado por terceiros. O seu tio, o rei Leopoldo da Bélgica decidiu que Vitória iria casar-se com o primo Alberto de Saxónia-Coburgo.
Alberto era uma criatura tímida e puritana. Gostava de música, de ler e de estudar, de caçar e montar a cavalo, mas, diz-se, não gostava de mulheres. Não é claro que fosse homossexual.
Quando Vitória conheceu Alberto ficou fascinada pelo seu «queridíssimo primo». Ela considerou-a uma «pessoa agradável». Ficaram três anos sem se verem e quando Alberto chega para casar com Vitória, ela está a levar o seu papel de rainha demasiado a sério e pouco disponível para o romance. Mas a pressão do tio Leopoldo e o fascinante físico - pelo menos para Vitória -, de Alberto apressaram o casamento.
A Rainha ama Alberto. Alberto gosta de ser amado pela Rainha. Seis meses após o casamento Vitória fica grávida, seguem-se nove crianças, umas atrás da outras, por vezes apenas com 11 meses de diferença. Quando o médico a proibiu de ter mais filhos, a primeira preocupação de Vitória foi: «Isso quer dizer que já não me posso divertir na cama?»
A harmonia conjugal era interrompida frequentemente por discussões intensas, isto, por monólogos irritados da rainha. Vitória perseguia Alberto de sala em sala a fazer cenas. Ele permanecia sempre calado. Amavam-se de forma diferente, mas amavam-se. Quando Alberto morreu, aos 42 anos, Vitória ficou devastada, e a loucura dos Hanover tomou conta dela. Pensa que sem Alberto não sobreviveria.
Viveu ainda mais quarenta anos. E quando todos pensavam que Vitória jamais se iria refazer da morte de Alberto, ela traz para Londres John Brown, um escocês que foi criado de quarto de Alberto e fez dele o criado privado da Rainha durante 19 anos. E por privado, entenda-se, íntimo e amoroso.
