Homem acusado de violar duas prostitutas e tentar matar uma delas em Barcelos

18 nov 2021, 11:11
PJ

Arguido responde pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada, violação, sequestro, coação agravada, dano e detenção de arma proibida

O Ministério Público (MP) acusou um homem de Barcelos de violar duas prostitutas e de tentar matar uma delas, anunciou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto.

O arguido responde pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada, violação, sequestro, coação agravada, dano e detenção de arma proibida.

O MP considerou indiciado que o arguido contratou os serviços de uma prostituta, com quem manteve relacionamento sexual a troco de dinheiro na noite de 25 para 26 de dezembro de 2020, na sua casa de residência, em Tamel S. Fins, Barcelos, distrito de Braga.

Segundo o MP, na manhã do dia 26, findo o período contratado, quando a prostituta se preparava para ir embora o arguido pediu-lhe que ficasse mais tempo.

Como ela recusou, o arguido apontou-lhe uma arma de fogo à cabeça, tirou-lhe os telemóveis, obrigou-a a permanecer na sua casa e a manter com ele relacionamento sexual, só a libertando por volta das 24:00 desse dia.

Outro caso reporta a 16 de maio de 2021, quando o arguido, “sob ameaça de uma arma de fogo, obrigou uma outra prostituta, que conhecera anteriormente e que convidara para jantar, a entrar na sua casa de residência, onde lhe retirou os telemóveis, lhe ordenou que se despisse e a socou na cabeça”.

A vítima conseguiu fugir para a rua, completamente nua, aos gritos, e populares tentaram ajudá-la, mas não conseguiram impedir o arguido de continuar a persegui-la, efetuando disparos com arma de fogo.

Ainda segundo o MP, o arguido, mediante a exibição da arma de fogo, obrigou um automobilista a quem a vítima pedira ajuda a sair do seu carro, partiu o vidro traseiro da viatura com uma pancada e agarrou de novo a vítima pelos cabelos, dando-lhe pancadas na cabeça “com força”, usando a coronha da arma.

O arguido impediu ainda outro popular de prestar qualquer socorro à vítima, dizendo que lhe dava um tiro se não se afastasse.

Na ocasião, apontou a arma à cabeça da vítima e premiu o gatilho “com a intenção de efetuar um disparo e de a matar, o que só não aconteceu porque a arma não disparou”.

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