Autarca de Lisboa diz que festa do Marquês foi planeada com PSP

Redação , CF
19 mai 2015, 20:58

"Há bastante tempo" que vinha a ser discutido o modelo de segurança entre a autarquia, a PSP e o Benfica, fisa o presidente da Câmara, lamentando, no entanto, os desacatos no Marquês

O presidente da Câmara de Lisboa rejeitou esta terça-feira qualquer relação entre os desacatos na praça do Marquês de Pombal no domingo, após a vitória do Benfica no campeonato, e o dispositivo de segurança acordado pela autarquia com a PSP.

"Os desacatos que aconteceram no Marquês [de Pombal] são absolutamente lamentáveis e inaceitáveis para a cidade de Lisboa e para um fenómeno desta natureza e nada têm que ver com o dispositivo que foi encontrado", vincou o governante, que falava aos jornalistas num hotel da capital e à margem da tomada de posse da direção da Confederação do Turismo Português (CTP) para o triénio 2015-2018.


Medina foi questionado sobre a indicação de que a PSP deu parecer negativo aos festejos do Benfica no domingo na praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, alegando que o modelo concebido não era adequado em termos de segurança, uma informação que foi confirmada à Lusa fonte ligada ao processo.

"Há bastante tempo" que vinha a ser discutido o modelo de segurança entre a autarquia, a PSP e o Benfica, sublinhou Medina, tendo sido escutadas "várias opiniões" para assegurar festejos em "segurança, estabilidade" e com "fluidez" nas movimentações quer das forças de segurança e emergência quer da equipa de futebol.

"A preparação permitiu uma excelente organização e todos os elementos fundamentais estavam precavidos", vincou ainda o autarca, que acrescentou também que as ações de "grupos possivelmente marginais" podiam ter acontecido "em qualquer lugar, em qualquer circunstância", e devem ser averiguados pelas autoridades "até às últimas consequências".


A notícia do parecer negativo da PSP foi conhecida esta terça-feira. Entretanto, a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, determinou à IGAI a abertura de um processo de inquérito com vista ao apuramento dos factos praticados por todos os elementos da PSP que tiveram intervenção nos incidentes ocorridos junto ao Marquês de Pombal e artérias adjacentes, que envolveram elementos da PSP e adeptos de futebol, e que terminaram com a detenção de 13 pessoas, por posse de material pirotécnico e por agressões aos polícias em serviço.

A PSP adianta que recebeu 13 queixas por roubos na via pública e que, durante o restabelecimento da ordem pública, ficaram feridos 16 polícias com escoriações devido ao arremesso de pedras, garrafas de vidro e material pirotécnico, havendo um veículo da divisão de trânsito com um vidro partido.

Às 01:20 de segunda-feira, nas imediações do Parque Eduardo VII, alguns adeptos começaram a arremessar vários objetos, nomeadamente garrafas de vidro, o que levou a uma intervenção policial localizada para acabar com o incidente e evitar que se alastrasse e ganhasse maior dimensão.
 

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