Há 1,7 milhões de utentes sem médico. Governo vai fazer várias parcerias, uma delas será com o Hospital de Cascais para cobrir 75 mil utentes
O problema de falta de médicos de família existe há mais de 30 anos e hoje há mais de 1,7 milhões de portugueses sem este tipo de clínico, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Leiria. Para tentar combater esta situação, o Governo, no plano de emergência para a saúde que apresentou esta quarta-feira, quer contratar médicos reformados para reforçar os quadros dos centros de saúde. Além disso, outra das apostas na área dos cuidados primários passa por fazer acordos com o sector privado, nomeadamente com associações ou cooperativas médicas.
Está ainda prevista "um reforço da resposta pública com parceiros do setor privado", nomeadamente, através da Parceria Público-Privada com o Hospital de Cascais.
Segundo o plano, foi feita uma "parceria com o setor Social para colmatar parte da carência de médicos de família das regiões com maior necessidade, gerando capacidade para atribuição de um ‘médico assistente’ numa instituição social a 350 mil utentes, com enfoque na região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve".
Além disso, "encontra-se em fase de operacionalização uma linha de contacto para os cuidados de saúde primários, cujo objetivo imediato passa por efetuar chamadas para utentes elegíveis para concluir o processo de atribuição de médico assistente no setor Social".
De acordo com o Governo, foi aumentada a capacidade para "a prestação de cuidados de saúde primários em dois concelhos com elevada taxa de utentes sem médico de Família atribuído" que é Cascais e Sintra. Para isso, foi feita "uma parceria com o Hospital de Cascais (parceria público-privada) que permitirá cobrir até mais 75 mil utentes."