IPMA explica que o tremor de terra teve o epicentro numa zona "muito marcada pela ocorrência, em 1858, de um terramoto histórico particularmente importante, conhecido como o sismo de Setúbal e que teve uma magnitude de 7,1"
O sismo de 5,3 registado em Portugal na madrugada de segunda-feira (05:11) teve nove réplicas, indicou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) nesta terça-feira. Segundo o IPMA, foi também o 10.º maior sismo dos últimos 500 anos em Portugal.
As nove réplicas registaram-se entre as 05:47 e as 00:30 desta terça, todas de "pequena magnitude":
- 05:47 - 1,2
- 06:40 - 1,1
- 07:14 - 0,9
- 07:27 - 1,0
- 11:44 - 1,6
- 11:56 - 1,5
- 22:53 - 0,9
- 00:14 - 1,4
- 00:30 - 0,8
O tremor de terra teve o seu epicentro a cerca de 60 km a Oeste de Sines (Setúbal) e a 25 km de profundidade. Não causou danos materiais nem vítimas, mas "foi sentido com intensidade máxima IV/V na Escala de Mercalli Modificada (MM56) na região de Setúbal, Lisboa, Beja, Faro, Santarém e Leiria".
O alarme gerado - tendo chegado ao IPMA "mais de 19.000 testemunhos" sobre os efeitos do sismo - não foi por acaso: tratou-se do "10.º maior sismo ocorrido desde o séc. XVI", ou seja, dos últimos 500 anos. O Instituto acrescenta ainda que na estação acelerométrica mais próxima do epicentro "foram medidos os maiores valores de aceleração do movimento do solo alguma vez registados com instrumentação moderna em Portugal continental".
O IPMA recorda também que o sismo de 26 de agosto teve o epicentro numa zona "muito marcada pela ocorrência, em 1858, de um terramoto histórico particularmente importante, conhecido como o sismo de Setúbal e que teve uma magnitude de 7,1".