Liga Árabe aceita reintegrar Síria no seio da organização

Agência Lusa , PP
7 mai 2023, 14:00
Síria

“A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros árabes acordou o regresso da Síria ao seu lugar na Liga Árabe”, anunciou o porta-voz do ministério iraquiano, Ahmed Al-Sahaf, citado pela agência noticiosa iraquiana INA

Os chefes das diplomacias dos países da Liga Árabe concordaram hoje reintegrar a Síria na organização, após 12 anos de suspensão devido à repressão dos protestos que ameaçaram derrubar o governo do Presidente sírio Bashar al-Assad, anunciou fonte diplomática.

“A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros árabes acordou o regresso da Síria ao seu lugar na Liga Árabe”, anunciou o porta-voz do ministério iraquiano, Ahmed Al-Sahaf, citado pela agência noticiosa iraquiana INA.

A reconciliação árabe com a Síria, impulsionada principalmente por Riade, tem estado em cima da mesa, especialmente depois de a Arábia Saudita e o Irão, um aliado próximo de Al-Assad, terem normalizado as relações no início de março.

“Temos a responsabilidade histórica de estar ao lado do povo sírio para o ajudar a virar a página triste da sua história", afirmou na sessão de abertura da reunião de emergência da Liga Árabe, no Cairo, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, que acrescentou que o governo sírio “tem a responsabilidade de encontrar uma solução política".

O comunicado final da Liga Árabe deverá incluir as condições estabelecidas para o regresso da Síria à organização pan-árabe.

Entre as condições esperadas contam-se o regresso dos refugiados à Síria, a revelação do destino dos desaparecidos e a reativação do comité, com a participação de representantes da ONU e da oposição, para redigir uma nova constituição, um processo suspenso há anos.

A adesão da Síria à organização pan-árabe foi suspensa na sequência da repressão brutal com que o governo de Al-Assad reagiu às revoltas populares de 2011 contra o regime e que, posteriormente, conduziram a um conflito armado.

A mesma razão levou muitos países da região a cortarem ou a esfriarem as suas relações com Damasco, mas vários deles estão aparentemente em rota de reaproximação desde os terramotos que atingiram a Síria em fevereiro.

O principal obstáculo ao regresso da Síria tem sido o Qatar, um dos principais apoiantes da oposição síria.

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