Em comunicado, o Palácio do Planalto refere que "o presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações"
O presidente do Brasil Lula da Silva demitiu esta sexta-feira Sílvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, acusado de abuso sexual por várias vítimas.
A informação foi avançada pela Folha de São Paulo, que reporta que a conversa entre os dois no Palácio do Planalto foi "tranquila" e que o chefe de Estado brasileiro comunicou a Sílvio Almeida que, se este não se demitisse, iria ser exonerado.
Já na noite desta sexta-feira, o governo brasileiro confirmou a demissão. "O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual", confirma a nota, citada pelo portal Metrópoles.
O caso foi publicado inicialmente pelo Metrópoles, que apontou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como sendo uma das vítimas. A CNN Brasil apurou que a mulher confirmou, a integrantes do governo, ter sido alvo de assédio.
Posteriormente, a organização Me Too Brasil confirmou, esta quinta-feira, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania.
A CNN Brasil apurou que pelo menos quatro casos de assédio sexual foram levados ao Me Too. Também teriam sido feitas dez denúncias de assédio moral contra Silvio Almeida no Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.
Por meio de nota, o ministro Silvio Almeida diz “repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra” ele. Alegou ainda que as denúncias não têm “materialidade” e são baseadas em “ilações”. Afirma ainda que o objetivo das acusações são “prejudicar” e “bloquear o seu futuro”.
Questionada, Anielle Franco ainda não se manifestou.