Já a pseudo-cimeira Messi-Ronaldo, grande argumento de venda do particular de Old Trafford, acabou em tiros de pólvora seca. O cumprimento cordial entre os dois monstros, no túnel, acabou por ser a nota mais relevante e comentada, num jogo que só dados estatísticos – como as estreias, e nova vitória sobre a Argentina, 42 anos depois da Minicopa – e a cabeçada de Guerreiro resgataram ao esquecimento imediato.
Em Vigo, por outro lado, aconteceu história: ao fim de oito anos, e uma série de 34 jogos, a Espanha voltou a perder em casa. Um golo de Toni Kroos, ao cair do pano, ditou a quinta derrota do ano para a «Roja», que já não perdia com tanta frequência desde 1991. E, dado ainda mais simbólico, foi a primeira vez, desde a final do Euro 2008 – isto é, desde o início do ciclo de conquistas espanholas – que a seleção comandada por Del Bosque perdeu também no índice de posse de bola. Se há jogos que servem como passagem de testemunho, este parece ter sido um deles, mesmo que o remate do alemão tenha contado com a colaboração do guarda-redes suplente espanhol, Casilla:
Em Glasgow, entretanto, num clássico com 142 anos de história
Yes! Get in there, just 4 to go @WayneRooney . It's crap being second anyway.
— Gary Lineker (@GaryLineker) November 18, 2014
Falar de golos nesta ronda de particulares é, também falar do monumental tiraço de Roberto Firmino, que ditou a vitória do Brasil sobre a Áustria (2-1), permitindo a Dunga fechar um ano sombrio para o escrete com uma nota sorridente. No segundo jogo pela seleção canarinha, o médio do Hoffenheim marcou pontos com este momento de inspiração que acabou com as esperanças austríacas da primeira vitória de sempre sobre a canarinha:
Numa ronda de particulares que começou pela manhã, com a vitória do Japão sobre a Austrália, merece destaque o regresso vitorioso do Irão diante da Coreia do Sul, novamente com Carlos Queiroz ao comando, depois de um Mundial de bom nível. No que se refere aos adversários de Portugal na fase de qualificação para o Euro, a Sérvia, recém-saída da demissão de Dick Advocaat, foi à Grécia atenuar as feridas, com uma vitória por 2-0 que acentua a depressão dos gregos, também em plena chicotada psicológica.
Já a Albânia foi derrotada em Itália, sem surpresa, mas a margem mínima no marcador serve novamente de atestado de solidez para a equipa que provocou a saída de Paulo Bento. Menos sólida, a Dinamarca, que lidera o grupo de Portugal depois da vitória em Belgrado, caiu em Bucareste, diante de uma forte Roménia.
Numa ronda com muitos «portugueses» em campo, Danilo (titular) e Casemiro (suplente) foram os únicos que atuam em clubes portugueses a alinhar pelo Brasil no Ernst Happel, já que Talisca e Alex Sandro não saíram do banco. O mesmo aconteceu com Enzo Pérez, na Argentina - enquanto Gaitán e Jonatan Silva pisaram o relvado de Old Trafford na segunda parte.
Herrera e Reyes foram suplentes utilizados na derrota de uma irregular seleção mexicana diante da Bielorrússia - quatro dias depois da vitória na Holanda. Samaris esteve 79 minutos em campo na derrota da Grécia, enquanto Jackson (titular) e Quintero (suplente utilizado) estiveram na vitória da Colômbia sobre a Eslovénia.
Eslováquia-Finlândia, 2-1
Estónia-Jordânia, 1-0
Ucrânia-Lituânia, 0-0
Hungria-Rússia, 1-2
Irlanda-EUA, 4-1
Itália-Albânia, 1-0
Polónia-Suíça, 2-2