Europeu sub-17: Espanha-Portugal, 1-2 (crónica)

26 mai 2022, 19:55

A qualidade é como o azeite: vem sempre ao de cima

A Seleção Nacional de sub-17 venceu a Espanha por 2-1 e carimbou o bilhete para as meias-finais do Campeonato da Europa da categoria, que decorre em Israel. Afonso Moreira abriu caminho à vitória lusa e Javier Boñar empatou ainda na primeira parte, mas Dinis Rodrigues, de grande penalidade, confirmou o resultado final.

Depois da má exibição e da derrota na última jornada da fase de grupos, que colocou os lusos no caminho teoricamente mais difícil, a qualidade da equipa nacional veio mais uma vez ao de cima e o resultado até poderia ter sido mais desnivelado, sobretudo pelas ocasiões que criou no segundo tempo. O próximo adversário, já no domingo, é a França, que deixou pelo caminho a Alemanha.

Com dois onzes mais próximos da máxima força, depois da rotação que os dois selecionadores operaram no último encontro, Portugal e Espanha protagonizaram um início de jogo a ritmo elevado.

Os espanhóis provocaram uma pressão intensa na defesa lusa, que perdia constantemente as segundas bolas e deixava muitos espaços aos jogadores adversários para poderem testar as medidas à baliza de Diogo Fernandes. Os comandados de José Lima foram sacudindo a pressão espanhola e Afonso Moreira deu o primeiro sinal de perigo aos oito minutos, com um remate rasteiro a rasar o poste.

O extremo do Sporting, que tem mostrado veia goleadora neste Euro, viria a inaugurar o marcador, aos nove minutos. Num lance incompreensível, Javier Boñar atrasou para um companheiro da defesa e colocou a bola a meia altura na própria área. Afonso Moreira estava atento, antecipou-se ao adversário espanhol e dominou de peito, antes de aplicar o remate certeiro.

Portugal, de seguida, estabilizou no jogo, mas por pouco tempo. A La Roja já tinha ameaçado o perigo nas bolas paradas e Boñar redimiu-se do erro que valeu o golo português. Na sequência de um canto, aos 18 minutos, Keddari ganhou nas alturas e desviou a bola, que sobrou para o lateral fazer o empate, com um golpe de cabeça.

Até intervalo, as duas equipas souberam manter o jogo numa toada bem disputada, mas sem claras situações de golo.

Na segunda parte, foi a equipa das «Quinas» quem entrou a mandar. A pressão alta dos atacantes portugueses provocou inúmeros erros aos defesas espanhóis, que perderam várias bolas em zonas proibidas.

O médio João Veloso, que protagonizou mais uma excelente exibição e espalhou classe no relvado, assistiu Dinis Rodrigues de trivela, aos 54 minutos, mas o avançado do Sp. Braga atirou ao poste, depois de picar a bola sobre o guardião Nono.

Uma das principais armas do conjunto luso era a explosão de Ivan Lima. O extremo do Benfica era uma constante dor de cabeça para a defesa espanhola e fazia bom uso da velocidade e do drible, embora pecasse demasiadas vezes na definição. Ainda assim, num desses momentos em que definiu mal, acabou por colocar a bola nos pés de Afonso Moreira, que deu início à jogada do segundo golo português.

O extremo luso entrou na grande área e armou o remate, que só foi travado pela mão de Gasiorowski. Na conversão do castigo máximo, aos 63 minutos, Dinis Rodrigues teve a recompensa pela bola que anteriormente havia esbarrado no ferro e colocou Portugal de novo na frente.

Os jovens portugueses não «tiraram o pé do acelerador» mesmo após o golo e descaracterizaram por completo a rival Espanha, que não conseguia manter o tradicional jogo assente na posse de bola e colecionava vários erros.

Na reta final, de resto, os comandados de José Lima desperdiçaram oportunidades claras para dilataram a vantagem, mas nem Ivan Lima nem Rodrigo Ribeiro conseguiram acertar com a baliza.

[artigo atualizado]

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