Fernando Santos: «A equipa respondeu muito bem»

David Marques , Estádio da Luz, Lisboa
11 nov 2020, 23:01
Fernando Santos (Lusa)

Selecionador nacional satisfeito com a prestação da equipa das quinas na goleada sobre a Andorra por 7-0

Fernando Santos, selecionador nacional, em declarações aos jornalistas após a goleada por 7-0 sobre a Andorra:

«Tinha dito na antevisão que se pudesse escolher, preferia treinar e preparar o jogo que vem a seguir [com França]. Mas também disse que, não podendo fazê-lo, ia tirar o melhor proveito possível deste jogo. Procurando que a equipa mantivesse os níveis de concentração, de atitude e disponibilidade. E nestes jogos isso é o mais difícil de alcançar por vezes. E a equipa respondeu muito bem, controlou o jogo, sempre com muita segurança e sem deixar que Andorra tivesse a veleidade de pensar em fazer o que quer que fosse.

É uma sensação muito boa ver que, mesmo sem essa possibilidade de fazer em treino, mas sim em conversa, os jogadores procuram fazer bem. É muito bem em termos de jogo, mas também porque abre a porta ao leque de jogadores que posso escolher e fico mais à vontade. Qualquer treinador fica satisfeito quando sente que os jogadores têm vontade prazer e alegria de estar, mas somam a isso o acreditar no que o treinador pretende.»

[França perdeu com a Finlândia. Essa derrota poderá pesar no jogo com Portugal?]

«Estes jogos não têm nada a ver com o que vai ser o da França. Não será um jogo mais a sério: é um jogo que vale pontos. Com a camisola da Seleção não podemos facilitar e eu tenho orgulho nisso desde que cá cheguei, com exceção de um jogo e espero não repetir esse erro.

Alguns jogadores jogaram mais tempo: no caso do João [Moutinho], tem tido menos competição e por isso foi o jogador do meio-campo que esteve mais tempo em campo. Havia que fazer esta gestão e também de outros jogadores que precisavam de algum ritmo e ao mesmo tempo ver a equipa a evoluir.»

[Está há cinco jogos sem sofrer golos. Como explica isso?]

«É o que disse há pouco. É essencialmente mérito dos jogadores. Tento passar as ideias aos jogadores, procurar conversar com eles e dar-lhes a conhecer da forma mais clara possível as minhas ideias, também através do que fazem. Sabemos que para ganhar é fundamental marcar golos: essa é uma questão central. Mas também sabemos que estamos mais perto de ganhar a partir do momento em que não sofremos. E dificilmente não marcaremos golos. Se não sofrermos, estamos muito mais perto da vitória. Só uma grande equipa do Mundo, e Portugal é uma das boas equipas mundiais, é que consegue fazer bem isso: consegue estar bem em todos os momentos do jogo. E é isso que temos feito. [Mesmo] Os jogadores que não têm esse entrosamento fizeram-no de forma clara. Também já tivemos outros momentos com outras equipas em que tivemos grandes dificuldades e não fizemos isto.»

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