Fernando Santos: «Temos de aproveitar estes jogos para preparar o Mundial»

20 mai 2022, 13:40

Selecionador quer ter o maior número possível de jogadores identicados com a seleção para depois em novembro tomar as melhores opções para a fase final

Fernando Santos vai aproveitar os seis jogos da Liga das Nações, quatro agora em junho e mais dois em setembro, para solidificar os processos da Seleção Nacional para o Campeonato do Mundo que vai realizar-se no final do ano no Qatar. Em conferência de imprensa, o selecionador explicou que é difícil antecipar pensar já no grupo em termos de jogadores para uma competição que só começa e novembro, mas quer ter o máximo de jogadores identificados com os processos da seleção.

«Vamos aproveitar para ver os jogadores em contexto de treino e em contexto de jogo. Só temos esta janela e depois a de setembro. Vai haver muitas mudanças até prepararmos verdadeiramente o Mundial. Há jogadores que vão mudar. Temos jogadores que agora não estão nesta convocatória e que estiveram na última porque não estavam em condições físicas, como é o caso do João Félix. Vamos começar a pensar no Campeonato do Mundo, não tanto nos jogadores, mas muito naquilo que é o cimentar do que fizemos no play-off. Queremos cimentar essas ideias e procurar corrigir alguns erros. Será isso que em projeção do Campeonato do Mundo vamos fazer», referiu.

Boa parte dos jogadores já está identificado com os processos da seleção, mas outros, como é o caso de Vitinha, procuram ainda dar os primeiros passos e que volta a estar nas opções de Fernando Santos. «Sim, neste sentido, muito mais do que a consolidação do jogador A, B ou C, é a consolidação dos processos. Nesses dois jogos corresponderam bem ao nível de jogo, não fazia sentido não dar continuidade à continuação do processo. Quando se chega aqui pela primeira vez não é fácil. Estes dados também são importantes. Os jogadores que chegam e não tem tremedeiras, é sempre importante», referiu.

Portugal venceu a primeira edição da Liga das Nações, mas esta edição, em ano de Mundial, ganha outra relevância. Será uma competição para preparar o Mundial, mas sempre com o espírito de vencer.

«É importante, mesmo os jogos particulares são importantes. Isto não são particulares, é uma das provas mais importantes do contexto europeu. É uma competição que reúne na fase de grupos as melhores equipas da Europa. Sendo isso, temos seis jogos nesta competição, ao contrário do passado que eram só quatro. Entramos para competir para ganhar. Não pode ser encarado de outra forma. Agora se não temos contato com os jogadores, se só os vimos nestas janelas, temos de aproveitar para o Campeonato do Mundo onde só vamos ter só sete dias de trabalho», destacou.

O grupo de jogadores pode ainda mudar muito até ao início do Mundial, pelo que Fernando Santos quer, acima de tudo, é poder contar com o máximo número de jogadores identificados com as ideias da seleção. «Felizmente vamos temos mais dois ou três dias e até podemos ir mais tarde para o Qatar. Todos os selecionadores vão aproveitar para cimentar a ideia de seleção. Mais do que a questão dos jogadores, porque ninguém tem noção do que vai acontecer até novembro. Há três semanas diria que o Rúben Dias estaria aqui, mas não está. Até novembro nenhum de nós sabe o que vai ser dos jogadores. Não pode ser um plano fechado, reduzido a 23 ou 24, não faria sentido. Temos de preparar um lote alargado para depois escolher, mas já todos identificados com o processo, é isso que nós queremos», insistiu.

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