«Seleção? Não me arrependo, mesmo sabendo que muitos seriam contra»

17 mar 2023, 15:30
Gonçalo Ramos e Otávio no Portugal-Suíça

Otávio explicou a decisão de representar Portugal em detrimento do Brasil

Otávio chegou a Portugal em 2014 e obteve nacionalidade portuguesa em meados de março de 2022. O médio do FC Porto rapidamente ganhou um lugar entre as escolhas de Fernando Santos, fez parte da convocatória final para o Mundial 2022 e está, igualmente, na primeira convocatória de Roberto Martínez.

O jogador de 28 anos não mostra arrependimento por não ter escolhido representar o Brasil, o seu país de nascimento, e abordou as críticas que recebeu por ter escolhido as cores nacionais.

«Com o passar dos anos, percebi que conseguiria a nacional. Não vim para cá com intenção de jogar na seleção portuguesa, achava que era muito difícil, porque tinham vários craques. Na altura olhava para a seleção de Portugal e comparava-a com a do Brasil, e achava Portugal mais forte que o Brasil na minha posição. Quando surgiu a oportunidade de representar um país que me recebeu tão bem, não poderia dizer que não», começou por dizer, em entrevista à Revista «Dragões».

«Arrependido? Nem um bocadinho. Não me arrependo de nada disso, porque tudo o que fiz foi de acordo com a minha própria vontade, ciente de tudo e mesmo sabendo que em Portugal muita gente seria contra, como acontece em Lisboa. Não é isso que me vai abalar nem fazer com que deixe de representar Portugal», acrescentou.

Otávio lembrou ainda a participação lusa no Campeonato do Mundo do Qatar e lamentou a derrota contra Marrocos, nos quartos de final.

«Faltou ganhar a Marrocos. Se tivéssemos ganho, acho que teríamos grande probabilidade de chegar à final. Passando, apanharíamos a França e seria um jogo diferente, de igual para igual, com duas equipas a quererem atacar. Defrontar a equipa marroquina tão fechada e só a sair em contra-ataque foi difícil, tanto que eles fizeram um campeonato muito bom. Se tivéssemos ganho, acho que havia grandes chances de chegarmos à final e, até, de conquistarmos o Mundial», recordou. 

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