Todo o território continental está em situação de seca com agravamento em maio

Agência Lusa , ARC
7 jun 2023, 18:31
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25,3% do território está em seca fraca, 39,4% em seca moderada, 26,3% em seca severa e 8,9% em seca extrema

A situação de seca meteorológica agravou-se em Portugal continental no mês de maio, estando todo o território continental em seca, 35% do qual em seca severa e extrema, revelou esta sexta-feira o IPMA.

O boletim climático do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) referente ao mês de maio refere que se verificou um aumento da área em seca, com todo o território em situação de seca meteorológica.

O IPMA destaca o aumento da classe de seca moderada na região Norte e Centro, na região Sul e alguns locais do Vale do Tejo nas classes de seca severa e extrema e a diminuição da classe de seca extrema e aumento da classe de seca severa.

"No final de maio 35% do território encontrava-se em seca severa e extrema (26% e 9% respetivamente) afetando especialmente as zonas do Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve", precisa aquele instituto.

Segundo o IPMA, 25,3% do território está em seca fraca, 39,4% em seca moderada, 26,3% em seca severa e 8,9% em seca extrema.

O documento dá também conta que, em relação ao final de abril, se registou em maio um aumento da percentagem de água no solo na região Norte e parte do Centro, em especial nos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Coimbra, Guarda e Castelo Branco devido “essencialmente à situação de instabilidade que ocorreu entre os dias 26 e 31 de maio, com ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes e de granizo”.

Por outro lado, precisa o boletim, “destacam-se as regiões do Vale do Tejo, do Baixo Alentejo e do Algarve com valores de percentagem de água no solo inferiores a 10%, sendo já em alguns locais iguais ao nível do ponto de emurchecimento permanente”.

O IPMA indica igualmente que o mês de maio em Portugal continental se classificou como muito quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação, tendo sido o oitavo maio mais quente desde 1931.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera sublinha que, dos 10 meses de maio mais quentes, sete ocorreram depois de 2000.

A temperatura máxima do ar em maio foi a décima mais alta desde 1931 com um valor médio de 24.55 graus centígrados, quase quatro graus acima do valor normal, enquanto a temperatura mínima foi a sétima mais alta desde 2000 com um valor médio de 11.84 graus, 1.34 graus superior ao valor normal.

De acordo com o IPMA, a precipitação total em maio correspondeu a 49% do valor normal, valores inferiores aos deste mês ocorreram em 25% dos anos, desde 1931.

O boletim refere ainda que, durante o mês de maio, destaca-se o período de 26 a 31 de maio com ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, em especial na região interior Norte e Centro.

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