O regresso da seca: calor e escassa chuva colocam 80% do país em seca severa

23 mai 2022, 20:31

Temperaturas em maio têm estado quase 3 graus acima do normal para a época

As chuvas de março e abril acalmaram bastante o problema, mas o tempo quente de maio voltou a agravar a seca em Portugal. 

Mesmo sem contar com os efeitos da onda de calor dos últimos dias, o novo relatório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) revela que 80,2% do território do Continente estava em seca severa a 15 de maio.

Os números do meio de maio contrastam com as melhorias dos últimos dois meses: abril tinha terminado com quase todo o território ainda em situação de seca, mas em 87,2% do país essa seca era apenas moderada.

Em apenas 15 dias o cenário inverteu-se drasticamnete e todo o território do Continente está agora em seca: 19,8% em seca moderada e 80,2% em seca severa, o segundo grau de seca mais grave da classificação do IPMA, apenas ultrapassado pela chamada seca extrema.

Apesar de complicado, o cenário de 15 de maio ainda é ultrapassado pelo que acontecia no final de fevereiro quando 66,2% do país estava em seca extrema e 29,3% em seca severa.  

A contribuir para o agravamento da seca, na primeira quinzena de maio o IPMA registou uma temperatura média do ar 2.80 graus acima do normal para a época face ao histórico e a chuva foi apenas 8% do comum para aquilo que era habitual entre os anos de 1971 e 2000, algo classificado como "muito inferior" ao esperado. 

Em resumo, mais calor e pouca chuva tiveram uma consequência evidente: a percentagem de água no solo diminuiu "de forma significativa" em todo o território, com um "agravamento da situação de seca meteorológica em todo o território".

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