Barragens onde foi suspensa produção de eletricidade estão a recuperar volume de água

7 fev 2022, 14:01
Barragem de Vale do Gaio, em Alcácer do Sal, afetada pela seca. Foto: Armando França/AP

Medida de suspensão de produção elétrica foi decretada pelo Governo na semana passada e estará a ter impacto positivo

As barragens onde o Governo suspendeu a produção elétrica, devido à seca, já estão a recuperar os volumes de água. 

Os dados, avançados pelo Jornal de Notícias e confirmados pela CNN Portugal, indicam que a barragem do Lindoso, no rio Lima, já recuperou quatro metros de água; na barragem do Alto Rabagão no Cávado, Vila Real, foi recuperado meio metro de água; em Vilar/Tabuaço, Viseu, foram recuperados 1,7 metros e na barragem do Cabril, no rio Zêzere, recuperaram-se quatro metros. Em Castelo de Bode, também no rio Zêzere, não houve recuperação do volume de água, mas verifica-se "estabilidade".

Na semana passada, dia 1 de fevereiro, o ministro do Ambiente anunciou que estas barragens, usadas para produção de eletricidade pela EDP, teriam quotas mínimas de utilização, para garantir o abastecimento de água para consumo humano durante dois anos. Passariam assim a poder funcionar apenas duas horas por semana.

No que diz respeito à rega, foi imposta apenas à barragem da Bravura, no Algarve, a proibição de retirar água da albufeira para regadio.

Segundo a comissão de acompanhamento da seca, estas são, nesta altura, as barragens que mais preocupações oferecem a nível nacional. Garantindo que a necessidade de poupança de água ainda não coloca em causa o abastecimento humano, o Executivo admitiu, porém, na semana passada, a possibilidade de transferir água de barragens com maior disponibilidade, como o Alqueva e outras na bacia do Douro, para aquelas com maior necessidade. 

Fevereiro sem chuva suficiente

A chuva regressa esta semana na quinta e sexta-feira, segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, mas ainda sem grande impacto na resolução do problema da seca. 

À CNN Portugal, a meteorologista Madalena Rodrigues explicou que há previsão de chuva para quinta-feira, dia 10 de fevereiro, ao início da manhã, "a começar pelo Minho e Douro litoral, estendendo-se gradualmente às restantes regiões até ao dia 11".

Porém, trata-se de um episódio de chuva sem grande significado: "Não se preveem precipitações elevadas. Há probabilidade de chover entre 40% a 50% e o que ocorrer é bom, mas não será muito significativo em termos de quantidade de água", revelou a meteorologista do IPMA. 

Até dia 9 de fevereiro mantém-se, portanto, o tempo seco, com céu pouco nublado ou limpo. No dia 10, aumentará a nebulosidade e começa então a chover, primeiro no Norte e Centro, depois no Sul, no dia 11. Dia 12, prevê-se que já não caia chuva.

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