REVISTA DE IMPRENSA || A instrução prevê cortes de 10% em fornecimentos e serviços externos
A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) determinou que os hospitais terão de reduzir despesas em 2026, mesmo que isso implique abrandar o ritmo de consultas e cirurgias, avança o jornal Público que dá conta que a orientação foi transmitida aos administradores das Unidades Locais de Saúde numa reunião realizada em Santarém, poucos dias após a entrega do Orçamento do Estado na Assembleia da República.
A instrução prevê cortes de 10% em fornecimentos e serviços externos, abrangendo compras de medicamentos, material clínico, contratação de tarefeiros e exames realizados no setor convencionado. O objetivo é compensar o aumento de 5% na despesa com pessoal, estimado em mais 370 milhões de euros devido à valorização das carreiras e aos aumentos salariais da função pública.
Os hospitais não poderão ultrapassar a produção registada em 2025, o que poderá agravar as listas de espera. No final de junho, quase um milhão de utentes aguardavam por uma primeira consulta, mais 25% do que no ano anterior, e a espera por cirurgias oncológicas subiu 4,7%.
Além dos cortes, foi também transmitida a orientação para “contratações zero” em 2026, agravando as preocupações com a capacidade de resposta do SNS no próximo ano.