"Doentes surgem em fases muito avançadas da doença e situações irreversíveis". Médicos pedem rastreios da doença renal crónica

Agência Lusa , DF
8 mar 2023, 13:14
Médicos (imagem Getty)

A doença é assintomática, o que também não ajuda na deteção precoce

A Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) alertou esta quarta-feira para a necessidade de intensificar o rastreio da doença renal crónica, que afirma ter em Portugal o dobro da prevalência no resto do mundo.

No âmbito do Dia Mundial do Rim, que este ano se assinala a 9 de março, a SPN sublinhou, em comunicado, tratar-se de uma doença “bastante limitadora” e com custos que representam entre 2% e 6% do orçamento dos cuidados de saúde.

Estima-se que, no mundo, uma em cada 10 pessoas sofra da doença. Em Portugal, o estudo mais recente – publicado em 2020 – apontou para uma prevalência de 20%, segundo a mesma fonte.

“Estes valores são justificados pelo facto de, em Portugal, o rastreio da doença renal crónica não ser uma prioridade das autoridades de saúde e, por isso, os doentes surgem em fases muito avançadas da doença, em situações irreversíveis”, lê-se no documento divulgado pela SPN.

A doença é assintomática, o que também não ajuda na deteção precoce.

Os dados disponíveis indicam que em 2040, a doença renal crónica poderá ser a quinta principal causa de morte e de perda de qualidade de vida.

A principal causa da doença é a diabetes, existindo outras patologias com algum peso no desenvolvimento da patologia, como a hipertensão arterial.

“Um estilo de vida saudável é uma fórmula que funciona na prevenção da maior parte das doenças, incluindo da DRC, a dieta mediterrânica, o exercício físico, não fumar, beber água regularmente (um litro de água por dia) são tudo medidas salutares”, pode ler-se no comunicado.

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