Covid-19: União Europeia em "risco muito elevado" a partir de dezembro

Agência Lusa , BCE
24 nov 2021, 13:08
Covid-19: pessoas com máscaras na República Checa

Entidade diz que a situação epidemiológica atual deve-se sobretudo à "elevada transmissibilidade da variante Delta"

A União Europeia (UE) estará em dezembro e janeiro numa situação de “risco muito elevado” da pandemia de covid-19 devido à baixa taxa de vacinação, alertou esta quarta-feira o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC).

“Sem alterações nas taxas de contacto em relação aos níveis atuais, estimamos que os países com o nível mais elevado de cobertura vacinal de mais de 80% estão em ‘risco acrescido’, enquanto os com os níveis de cobertura vacinal inferiores a 80% estão em 'alto risco'”, adverte o mais recente cenário traçado pelo ECDC, hoje divulgado.

A direção da entidade salienta, numa nota de imprensa, que os cenários de modelização do ECDC “indicam que o peso potencial da doença na UE/EEE [Espaço Económico Europeu] a partir da variante Delta será muito elevado em dezembro e janeiro, a menos que sejam agora aplicadas medidas de saúde pública em combinação com esforços contínuos para aumentar a administração de vacinas na população total”.

O ECDC apela a um reforço na vacinação contra a covid-19 em todo o espaço comunitário, salientando que na UE/EEE as taxas são de 65,4% da população total vacinada e de 76,5% da população adulta, destacando ainda a necessidade de uma dose de reforço a todos os adultos, com prioridade aos maiores de 40 anos.

O ECDC reitera ainda os apelos para um reforço das medidas não médicas, como o uso de máscara e a limitação dos contactos sociais.

“A situação epidemiológica atual é, em grande parte, impulsionada pela elevada transmissibilidade da variante Delta [do coronavírus SARS-CoV-2], que contraria a redução da transmissão conseguida pela vacinação na UE/EEE”, indica o relatório de avaliação de risco.

Na terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a doença covid-19 poderá provocar mais cerca de 700.000 mortes na Europa até à primavera se a tendência atual de contágios continuar.

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