Santander quadruplicou lucros e dispensou 84 trabalhadores no primeiro trimestre

Agência Lusa , CE
26 abr 2022, 11:04
Concentração de trabalhadores do Banco Santander Totta

O Santander Totta tinha 4.721 trabalhadores em março deste ano, menos 1.233 do que em março de 2021. As agências eram 344, menos 42 do que há um ano.

O Santander Totta é detido pelo grupo espanhol Santander, que apresentou hoje um lucro consolidado de 2.543 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 58% do que entre janeiro e março de 2021, quando foi registado um encargo de 530 milhões de custos de reestruturação.

Quanto às agências, o banco fechou 79 no ano passado e mais quatro só nos primeiros três meses deste ano

O Santander Totta teve lucros de 155,4 milhões de euros no primeiro trimestre, quatro vezes mais do que os 34,2 milhões de euros do mesmo período de 2021, divulgou esta terça-feira o banco em comunicado.

O banco explica que, no primeiro trimestre do ano passado, tinham sido registados custos extraordinários de 164,5 milhões de euros (líquidos de impostos) com o plano de reestruturação (redução de trabalhadores, fecho de balcões e investimentos em tecnologia), o que teve impacto nos lucros de então.

Já no primeiro trimestre deste ano, o produto bancário foi de 331,7 milhões de euros, menos 21,2% do que em trimestre homólogo de 2021.

Segundo o Santander Totta, a queda do produto bancário deve-se à diminuição dos resultados em operações financeiras (menos 94% para 8,1 milhões de euros).

A margem financeira (estrita) manteve-se praticamente estável (0,7%) nos 193,9 milhões de euros e as comissões líquidas subiram 23,3% para 119,1 milhões de euros.

Os custos operacionais caíram 15,6% para 121 milhões de euros, sendo que os custos com pessoal baixaram 11,7% para 44,5 milhões de euros.

Menos 84 trabalhadores no 1.º trimestre

Ainda assim, apesar de ter quadruplicado os lucros, o Santander reduziu 84 trabalhadores e fechou quatro agências no primeiro trimestre deste ano. Em 2021, o banco levou a cabo um processo de reestruturação em que reduziu 1.175 trabalhadores, o que motivou várias manifestações de bancários frente às suas instalações e processos em tribunal.

A maior parte dos trabalhadores saíram por acordo (rescisão por mútuo acordo ou reforma antecipada ou pré-reformas) e houve o despedimento coletivo de 49 funcionários.

Quanto às agências, em 2021, o Santander Totta reduziu 79, sendo 348 as sucursais no final de 2021.

Em fevereiro, o presidente executivo do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, disse que o banco teve um custo de 260 milhões de euros em 2021 com a reestruturação (a grande maioria do montante para cobrir as indemnizações com as saídas de trabalhadores, mas que também inclui gastos em investimentos tecnológicos).

Sobre o futuro, o gestor disse que o banco decidiu fazer a reestruturação toda de uma vez, pois é difícil motivar equipas numa empresa constantemente em reestruturação, pelo que nos próximos anos a expectativa é que a saída de funcionários seja normalizada e haja saídas naturais de uma centena de pessoas.

Já no primeiro trimestre deste ano (comparando dados de finais de março com finais de dezembro de 2021), o Santander reduziu o quadro de funcionários em 84 pessoas (sendo 4.721 no final de março) e fechou quatro agências (sendo 344 em março).

O banco explica que, no primeiro trimestre do ano passado, tinham sido registados custos extraordinários de 164,5 milhões de euros (líquidos de impostos) com o plano de reestruturação, o que teve impacto nos lucros de então.

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