Futuro da IA em Portugal: a nova era das Empresas

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30 out, 17:18

A Inteligência Artificial deixou de ser uma promessa e tornou-se o motor de mudança no mundo empresarial. Mas estará Portugal a acompanhar esta revolução? Foi essa a questão central do mais recente CNN Talks, uma parceria com a Salesforce, que reuniu três vozes de referência para debater o impacto da IA no tecido económico português: Fernando Braz, Country Leader da Salesforce Portugal; Tiago Esteves, Principal Solution Engineer da Salesforce Portugal; e Rui Galamba, IT & Business Development Director do Grupo Ascendum.

A transformação já começou

Para Fernando Braz, estamos perante um momento histórico. “Somos a última geração a trabalhar com forças de trabalho totalmente humanas”, afirma. “A partir de agora, cada empresa pode contar com agentes de IA, uma nova classe de trabalho digital que atua lado a lado com os humanos, executando tarefas, processos e decisões em tempo real.”

No contexto português, o líder da Salesforce acredita que há “ilhas de excelência” e uma crescente necessidade pela adopção tecnológica. “As empresas nacionais estão conscientes de que esta revolução é inevitável. O desafio não é tecnológico, é cultural e de liderança.” Mais do que uma mudança técnica, trata-se de uma reconfiguração estrutural do trabalho. A Salesforce chama-lhe a “Agentic Enterprise”, onde agentes de IA operam de forma autónoma, integrados nos processos de marketing, vendas, atendimento e gestão, libertando as equipas humanas para tarefas de maior valor. Na prática, os agentes da Salesforce integrados na plataforma Agentforce — conseguem interpretar grandes volumes de dados, agir de acordo com objetivos empresariais e executar ações de forma autónoma. Esta autonomia, porém, levanta inevitáveis preocupações. “A confiança é central. Cada decisão é orientada por políticas de segurança e ética. A IA não substitui o julgamento humano, complementa-o.”

Da teoria à prática: o caso Ascendum

O Grupo Ascendum, empresa portuguesa de referência no sector industrial, decidiu ser um dos pioneiros na adoção de IA generativa e automação inteligente. Para Rui Galamba, a decisão foi estratégica: “Queríamos mais eficiência interna, mas também uma relação mais personalizada com o cliente. A IA permite-nos fazer ambos.” Hoje, a Ascendum já utiliza IA em múltiplas frentes, desde o atendimento e a gestão de dados até à análise preditiva de operações. Os resultados, diz, “são claros”: maior produtividade, respostas mais rápidas e equipas mais focadas em inovação. Mas o caminho não foi isento de desafios. “A preparação dos dados foi crucial. Tivemos de unificar fontes e garantir qualidade. Só assim a IA se torna realmente útil.” No plano humano, a mudança cultural foi talvez a mais exigente. “É preciso convencer as pessoas de que a IA não vem substituir, mas ampliar as suas capacidades. É um copiloto, não um concorrente.”

O futuro do trabalho é híbrido, humano e digital

A Salesforce acredita que o futuro do trabalho será inevitavelmente híbrido, unindo pessoas e agentes digitais. O impacto vai muito além da tecnologia: novas funções, novas competências e novas formas de liderança. Esta transição também cria oportunidades inéditas. O trabalho digital promete democratizar a inovação, permitindo que empreendedores lancem negócios com baixo investimento e que pequenas empresas acedam a capacidades antes reservadas a multinacionais.

Uma oportunidade geracional para Portugal

Se há algo em que todos os intervenientes concordam, é que esta revolução é inevitável. Portugal tem talento, inovação e criatividade, mas precisa de acelerar. “Quanto mais cedo aceitarmos e adotarmos o trabalho digital, mais rapidamente colheremos os benefícios”, conclui o líder da Salesforce.

No palco do CNN Talks, ficou uma certeza partilhada: o futuro do trabalho em Portugal será moldado pela colaboração entre humanos e inteligência artificial. E as empresas que compreenderem esta simbiose, estarão na linha da frente.