Exclusivo CNN Internacional: Zelensky diz que podem ter morrido 3.000 soldados ucranianos desde o início da guerra

16 abr 2022, 02:08

Questionado sobre quantos civis já morreram, o presidente ucraniano não quis avançar com números

Foi numa entrevista exclusiva ao repórter da CNN Internacional Jake Tapper, que Volodymyr Zelensky estimou que possam ter morrido cerca de 3.000 soldados ucranianos desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro. 

"Dos números que temos, penso que perdemos entre 2.500 a 3.000. Em comparação, a Rússia perdeu 19 ou 20 mil militares", disse. 

Questionado sobre quantos civis já morreram, o presidente ucraniano não quis avançar com números, principalmente porque existem muitas cidades do sul que estão cercadas - Kherson, Berdyansk, Mariupol - e na zona leste também, como é o caso de Volnovakha.

"Nós não sabemos quantas pessoas morreram nestas áreas bloqueadas". 

Este é um excerto da primeira parte da entrevista, que foi publicado esta noite pela CNN Internacional. A entrevista na íntegra só vai ser divulgada no domingo.

"Para eles as vidas das pessoas não valem nada"

Durante a tarde de sexta-feira já tinha sido divulgado um vídeo de um minuto, no qual Volodymyr Zelensky defendeu que o mundo deveria estar preparado para a possibilidade de Vladimir Putin usar armas nucleares.

"Não só eu - todo o mundo, todos os países, têm de estar preocupados, porque pode não ser uma informação real, mas pode ser verdade".

"Podem fazê-lo, para eles a vida das pessoas não vale nada", afirmou Zelensky. "Devíamos pensar, não ter medo, mas estar preparados. Isso não é uma questão só para a Ucrânia, mas sim para todo o mundo", completou o chefe de Estado ucraniano.

As declarações de Zelensky surgem após a Rússia ter bombardeado várias cidades, incluindo Kiev, durante a madrugada de sexta-feira.

O dia 14 de abril ficou também marcado pelo ataque ao navio Moskva, o principal da Frota do Mar Negro da Marinha russa. Segundo o Ministério da Defesa do país, o navio-cruzador sofreu um incêndio, a que se seguiu a “detonação de munições”, que causou grandes estragos. Mais tarde, enquanto estava a ser rebocado para Sebastopol, o navio afundou-se “devido a uma tempestade”, avançou o governo russo.

Esta versão contradiz a da Ucrânia, que reclamou de imediato a autoria do ataque, bem como a dos EUA, que acreditam que o navio terá sido atingido por dois mísseis Neptune, desenvolvidos pela Ucrânia a seguir à anexação da Crimeia, em 2014.

Relacionados

Europa

Mais Europa

Patrocinados