Papa volta a condenar "guerra cruel e sem sentido" da Ucrânia e diz "basta"

Agência Lusa , BMA
27 mar 2022, 13:08
Papa Francisco (AP Images)

Francisco pede aos líderes mundiais para que não deixem que as pessoas se acostumem à guerra

O Papa Francisco voltou a condenar este domingo a guerra na Ucrânia, pedindo aos governantes que negoceiem “seriamente” a paz.

“Passou mais de um mês desde o início da invasão da Ucrânia, desde o início desta guerra cruel e sem sentido que, como todas as guerras, é uma derrota para todos. Há que repudiar a guerra que obriga pais e mães a enterrar os seus filhos, que faz com que homens matem os seus irmãos sem nunca os terem visto”, disse o sumo pontífice após a oração do Angelus na praça São Pedro no Vaticano, considerando que “os poderosos decidem e os pobres morrem”.

Francisco lembrou que a guerra é “um ato bárbaro e sacrílego" contra uma "Ucrânia martirizada” e que “não pode ser algo inevitável” ao qual as pessoas se acostumam.

“Rezo para que todos os líderes políticos pensem sobre isso, se envolvam e entendam, olhando para uma Ucrânia martirizada, como cada dia de guerra piora as coisas para todos. Por isso renovo meu apelo: basta", acrescentou o Papa argentino, que falava aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, alguns dos quais agitavam bandeiras ucranianas.

Nas últimas semanas, o Papa - que conversou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, mas também com o patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirílo I - multiplicou os pedidos de paz na Ucrânia, denunciando um "massacre" num país onde "fluem rios de lágrimas e sangue”.

Predominantemente ortodoxo, a Ucrânia tem uma grande minoria greco-católica ligada ao Vaticano, que se concentra no oeste do país.

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