Guerra na Ucrânia terá "custos enormes na vida de todos nós". O discurso de Marcelo após o Conselho de Estado

Agência Lusa , BMA
14 mar 2022, 19:19

Conselho de Estado aprovou por unanimidade a condenação da agressão da Federação Russa à Ucrânia, anunciou Marcelo no fim da reunião convocada para discutir a situação na Ucrânia.

O Presidente da República alertou esta segunda-feira que a invasão russa da Ucrânia já teve e terá "custos enormes" para a Europa e que vêm aí "tempos muito difíceis", para os quais pediu unidade, solidariedade e eficácia. Marcelo disse que é "dramaticamente urgente encurtar a guerra na Ucrânia".

"Temos de garantir bens essenciais, de assegurar o funcionamento da economia, de apoiar as empresas, a começar nas dos setores cruciais, cuidar das pessoas, em particular das mais pobres, carenciadas ou sacrificadas. Temos ainda de exigir dos responsáveis a contenção nas palavras. Tudo isto com firmeza nos valores e princípios, clareza nas decisões, mas serenidade na postura", defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa falava perante a comunicação social no Palácio da Cidadela de Cascais, no distrito de Lisboa, após uma reunião do Conselho de Estado que teve como único ponto da ordem de trabalhos a situação na Ucrânia e que terminou com a condenação, por unanimidade, da guerra.

"O que já se passou teve, tem e terá custos enormes na vida de todos nós, nomeadamente na Europa. Não há como negá-lo ou fazer de conta de que esses custos não cairão de uma forma ou de outra nas nossas vidas. E há que enfrentá-los com a mesma coragem e determinação reveladas nos últimos dois anos, em espírito de unidade, coesão, solidariedade e eficácia", afirmou.

O chefe de Estado considerou que Portugal tem feito o que devia desde o início desta guerra, e acrescentou: "Não nos iludimos quanto aos tempos muito difíceis que aí estão ou que aí vêm. Estamos atentos àquilo que em cada momento é necessário e possível fazer para enfrentar os custos da guerra, como aconteceu com a pandemia".

Depois de elencar os objetivos que considera prioritários nesta conjuntura - garantir bens essenciais, apoiar as empresas, cuidar dos mais pobres -, Marcelo Rebelo de Sousa observou: "Quando digo que temos feito tudo isto e teremos de continuar a fazer, digo os responsáveis políticos, a começar no Presidente da República, e todos os portugueses, tal como durante a pandemia".

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