Guerra na Ucrânia: o que se sabe até agora

24 fev 2022, 13:26

A Rússia lançou uma ofensiva militar sobre a Ucrânia, visando particularmente os centros de controlo ucranianos. Vladimir Putin diz que a "operação militar especial" visa proteger civis russos nos territórios de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano, e pediu às forças ucranianas para deporem as armas e regressarem a casa. Do lado ucraniano, Volodymyr Zelensky impôs a lei marcial em todo o território, cortou relações diplomáticas com a Rússia, apelou aos ucranianos para evitarem “o pânico” e que confiem na capacidade do exército da Ucrânia para defender o país. Os ataques aconteceram pelo menos em Kiev, Carcóvia, no nordeste da Ucrânia, e também em Odessa. Há já dezenas de mortos e um número indeterminado de feridos

Mapa dos ataques russos na Ucrânia esta madrugada

  • Explosões começaram a ser ouvidas cerca das 3:30 em Kiev e Carcóvia. No topo de um hotel da capital ucraniana, o repórter da CNN Internacional, Matthew Chance, estava em direto quando teve de parar a reportagem para colocar equipamentos de segurança à medida que se ouviam explosões na capital ucraniana.
  • Às 03:09, Vladimir Putin anunciou que está em curso uma operação militar. As forças terrestres russas entraram na Ucrânia, por três lados da fronteira: pelo norte, num posto de fronteira com a Bielorrúsia, pelo nordeste e pelo sul, na Crimeia.
  • Depois das explosões, Volodymyr Zelensky impôs a lei marcial em todo o território, cortou relações diplomáticas com a Rússia, apelou aos ucranianos para evitarem “o pânico” e para confiarem na capacidade do exército da Ucrânia para defender o país.
  • Nas últimas horas, milhares de cidadãos ucranianos estão a tentar abandonar as suas cidades, criando enormes filas de trânsito, principalmente em Kiev. 
  • O metro de Kiev passou a ser usado como bunker. Os repórteres da CNN Portugal Pedro Mourinho e Nuno Quá desceram a um estação de metro de Kiev, onde muitos ucranianos estão carregados com malas e procuram não só refúgio, mas principalmente chegar a sítios onde possam conseguir um transporte para sair da capital.
  • Ao final da manhã (hora de Portugal) voltaram a soar as sirenes em Kiev e ouviram-se novas explosões. A cidade foi fortemente abalada por várias explosões ao longo da manhã, naquilo que se pensam ter sido mísseis cruzeiro. 
  • As primeiras imagens dos edifícios destruídos surgem nas agências. São sobretudo centros de comando militar que ficaram reduzidos as escombros com a força das explosões que aconteceram em Carcóvia e Kiev, mas também Dnipro, Kramatorsk, Odessa, Mariupol e Kramatorsk.
  • Também o aeroporto internacional de Boryspil foi atacado. Ao final da manhã, um avião militar ucraniano despenhou-se perto de Kiev com 14 pessoas a bordo, avança a AFP. A Reuters cita fonte dos serviços de emergência ucranianos e refere que a aeronave terá sido abatida, acrescentando que há pelo menos cinco vítimas mortais.
  • Na cidade de Odessa, as autoridades regionais dizem que morreram pelo menos 18 pessoas em resultado de um ataque com míssil, avança a Reuters. O autarca de Brovary, localidade próxima de Kiev, diz que pelo menos seis pessoas foram mortas na cidade.
  • O número de vítimas mortais é difícil de apurar em concreto. O conselheiro do presidente ucraniano diz que morreram mais de 40 soldados ucranianos e várias dezenas ficaram feridos. Citado pela agência Reuters, o mesmo conselheiro diz que há baixas civis. 
  • Perante a instabilidade e os constantes ataques, as várias embaixadas têm feito apelos aos cidadãos que vivem na Ucrânia. A embaixada dos EUA aconselhou os norte-americanos a procurarem abrigo, enquanto a embaixada da China aconselhou os cidadãos a colocarem bandeiras nos carros em caso de terem de circular. Já a embaixada de Portugal abriu as portas para receber portugueses em Kiev. 
  • Os mercados reagiram de imediato à operação militar, com as principais bolsas europeias a registarem perdas significativas e o petróleo de referência para a Europa, o Brent, a subir mais de 6%, a ultrapassar os 103 dólares por barril, algo que já não acontecia desde 2014.

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