Guerra na Ucrânia, dia 6: o que se sabe até agora

Andreia Miranda , com agências
1 mar 2022, 12:38

Continua o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Depois de uma madrugada marcada pelo ataque russo a uma base militar entre Kharkiv e Kiev que matou 70 soldados ucranianos e também pela explosão de um edifício governamental em Kharkiv, atingido por um míssil, que matou dez pessoas, não parece haver fim à vista para os confrontos, apesar dos "sinais" que Zelinsky diz ter recebido da Rússia, dos apelos feitos à União Europeia e das sanções lançadas pelos Aliados ao governo de Putin

  • Uma coluna militar russa com mais de 64 quilómetros de extensão, composta por centenas de veículos, incluindo blindados, tanques e artilharia rebocada, foi avistada perto da capital ucraniana, Kiev.

  • Mais de 70 soldados ucranianos foram mortos num ataque à base de militar de Okhtyrka, uma cidade entre Kharkiv e Kiev.

  • Kharkiv continua debaixo de fogo. Um vídeo divulgado pela Defesa ucraniana mostra a explosão de um edifício governamental depois de ter sido atingido por um míssil. De acordo com os Serviços de Emergência da Ucrânia, pelo menos dez pessoas morreram no ataque, incluindo três crianças, e 37 ficaram feridas.

  • Segundo os Serviços Secretos Britânicos, as forças russas fizeram poucos progressos em direção a Kiev nas últimas 24 horas. No entanto, houve um aumento do uso de artilharia a norte da capital da Ucrânia e a Rússia, que não conseguiu ganhar o controlo do espaço aéreo sobre a Ucrânia, está a optar por operações noturnas para reduzir as perdas.

  • Esta manhã, Kiev alertou que tropas bielorrussas terão entrado em território ucraniano e que um contingente militar estará na região de Chernihiv, no norte da Ucrânia.

  • Volodymyr Zelensky dirigiu-se hoje ao Parlamento Europeu, que se reuniu em Bruxelas para debater a ajuda económica à Ucrânia, pedindo à União Europeia que prove que está com o seu país.

  • Antes da reunião com Bruxelas, o presidente da Ucrânia garantiu ter recebido "alguns sinais" da Rússia, nas negociações entre representantes dos dois países, mas que ainda não conseguiu o resultado pretendido.

  • A Rússia anunciou o encerramento do espaço aéreo a companhias aéreas suíças em resposta a uma medida semelhante tomada na segunda-feira pela Confederação Helvética, informou a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia.

  • O Tribunal Penal Internacional, em Haia, vai abrir uma investigação sobre os alegados crimes de guerra cometidos pela Rússia contra a Ucrânia.

  • A ONU estima em um milhão o número de deslocados no interior da Ucrânia. Esta terça-feira, um deputado do Ministério Interior da Polónia, citado pela Reuters, anunciou que cerca de 350 mil refugiados entraram na Polónia vindos da Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país.

  • O Governo português anunciou hoje que foi publicada em Diário da República a alteração a uma portaria que regula o regime de concessão de proteção temporária a refugiados, com vista à receção de refugiados da Ucrânia. A ministra da Segurança Social anunciou que os ucranianos que cheguem a território luso "têm a garantia de ficarem regulares", sendo-lhes atribuído de imediato número de utente do Serviço Nacional de Saúde, número da Segurança Social e Número de Identificação Fiscal.

  • Os países do Ocidente aumentaram os envios de armas para apoiar a Ucrânia: o Reino Unido pediu que as transferências fossem expandidas, enquanto a Finlândia concordou em enviar 2.500 espingardas de assalto e 1.500 armas antitanque. Já o Canadá vai enviar armas antitanque e munições atualizadas.

  • Sergei Roldugin, um empresário russo e padrinho da filha mais velha do presidente Vladimir Putin, Maria, está entre os nomes visados pela lista de sanções dirigidas à Rússia pela União Europeia.

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