As imagens adensam a questão em torno da invasão da Ucrânia, numa altura em que as tensões entre russos e ucranianos parece ter aliviado, apesar do ceticismo dos norte-americanos e da NATO
Novas imagens de satélite divulgadas esta quinta-feira mostram a construção de uma aparente ponte flutuante sobre o rio de Pripyat, a poucos quilómetros da fronteira da Bielorrúsia com a Ucrânia, avança a CNN.
A ponte surgiu durante a noite desta terça-feira a cerca de 6,4 quilómetros da fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia. Não se sabe ainda se a ponte ainda permanece no mesmo local, tendo em conta que as imagens datam de terça-feira, dia anterior à presumível invasão da Ucrânia pelos militares russos, que acabou por não acontecer.
Também não é possível avançar quem construiu a ponte.
Fonte conhecedora das atividades mais recentes na Ucrânia adianta à CNN que a Rússia tem vindo a construir "pontes, hospitais, todos os tipos de infraestruturas de apoio". "É por isso que não estamos a levar as declarações de retirada de tropas [russas] a sério", acrescenta a mesma fonte.
As imagens adensam a questão em torno da invasão da Ucrânia, numa altura em que as tensões entre russos e ucranianos parece ter aliviado, apesar do ceticismo dos norte-americanos e da NATO.
A construção de uma ponte em Pripyat poderá servir para que os militares localizados na Bielorrússia possam atravessar o rio e avançar para Kiev. Todavia, as imagens de satélite não mostram a mobilização de quaisquer engenhos ou militares na área.
Os militares são treinados para conseguir erguer rapidamente pontes semelhantes através da ligação de módulos flutuantes que abrangem toda a largura dos rios, conferindo uma maior margem de manobra aos militares, que ficam assim menos dependentes das pontes já existentes, que podem ficar danificadas ou destruídas num contexto de conflito.
A Rússia justificou a crescente presença militar na Bielorrúsia, com mais de 148 mil soldados, com a prática de "exercícios" conjuntos, mas os ocidentais não acreditam em Moscovo. Entretanto, Moscovo garantiu que começou a retirar tropas da fronteira com a Ucrânia, mas os Estados Unidos asseguram que não só isso não está a acontecer como se está a verificar o contrário: de acordo com Washington, as forças russas concentradas ao longo das fronteiras da Ucrânia cresceram em cerca de sete mil soldados nos últimos dias.
