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Colunista e comentador

Alerta: afinal o nosso selecionador-treinador não é Fernando Santos; é… Bernardo Silva!

27 nov 2022, 18:58
Conferência de imprensa da seleção de Portugal

Rui Santos (ou)viu a conferência de imprensa de Fernando Santos e Bernardo Silva e chegou a uma conclusão: o selecionador não está no Qatar a fazer nada,  porque os jogadores têm de gerir conforme “o que o jogo dá”

Oiço Fernando Santos na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Uruguai, onde o selecionador nacional se apresentou ao lado de Bernardo Silva, e fico a perceber melhor a razão pela qual “a nossa Seleção” fica sempre aquém, em jogo jogado, daquilo que todos nós, portugueses, esperamos dela.

O “nosso” Fernando começou por escutar o “nosso” Bernardo e este tentou explicar que as suas movimentações são de acordo com aquilo que “o jogo dá”.

Às vezes “baixa” para iniciar o primeiro momento de construção e outras vezes “sobe”, se sente que o seu avanço no terreno beneficia a movimentação colectiva.

Em síntese: o jogo pede, eu respondo de acordo com o que o jogo pede.

O Fernando apanhou a boleia e fez um rasgado elogio ao Bernardo e disse mesmo que o jogador do City lhe tinha dado, ali mesmo, sentado a seu lado, uma grande lição, uma vez que mostra ter cabeça de treinador, mas depois de ouvir o Fernando, há várias questões que se colocam:

1) Se são os jogadores a mandar, consoante o

que o jogo dá, para que servem os treinadores?

2) Não seria melhor dispensar o selecionador-treinador, se são Cristiano Ronaldo e os jogadores quem - feitas as contas - mandam “naquilo”, inclusive durante a hora e meia?

3) Se é assim, não fica ainda mais claro que o papel do treinador se resume às substituições e nesse contexto quem coloca William Carvalho em jogo com 0-0 no marcador, como aconteceu na partida com o Gana, não é ainda mais desprestigiante para Fernando Santos?

Conclusão: ponham o Bernardo formalmente a selecionador-treinador de Portugal: é ele quem manda conforme… o que o jogo dá. É ele quem comunica melhor. E não precisa de o fazer com tiques-toques que nada adiantam, a não ser que Pepe vai ser titular.

Assim também eu e muitos milhões de portugueses - e muito mais baratinho!

Um dia histórico: agora percebemos que Portugal abdica do treinador porque dentro do campo há onze.

Portanto, amigos jogadores-treinadores: vamos lá a ser mais agressivos, mais intensos, mais verticais porque essa coisa da circulação de bola, adinâmica, já chateia.

Chateia o País e dá sono.

Achava que um treinador também servia para acentuar a mentalidade, dar um rumo e antecipar as coisas que o jogo pode dar.

Não?

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