Russos invadiram o nosso espaço aéreo, diz a Roménia. Ativados quatro caças (incluindo espanhóis)

27 set, 09:45
Drones na Ucrânia (Getty Images)

Reforço das capacidades defensivas da NATO nos países do flanco leste é considerado essencial para mitigar futuras ameaças

O Ministério da Defesa da Roménia afirma que o seu espaço aéreo foi invadido por um drone russo envolvido num ataque noturno à Ucrânia. Segundo o comunicado, a incursão foi breve, tendo durado menos de três minutos na área fronteiriça entre os dois países.

Segundo a Reuters, o incidente ocorreu no decorrer de um ataque com drones à cidade ucraniana de Izmail, localizada na região de Odesa, junto ao rio Danúbio e à fronteira com a Roménia. Este ataque causou a morte de três pessoas e deixou 14 feridos, de acordo com os procuradores da região. A força aérea ucraniana conseguiu abater 24 dos 32 drones lançados durante a ofensiva.

A Roménia partilha uma fronteira de aproximadamente 650 km com a Ucrânia. Após ter sido detetada a violação, foram acionados dois caças F-16 romenos e dois F-18 espanhóis, que estavam a cumprir missões de patrulhamento aéreo no país. Além disso, a população do condado de Tulcea, no sudeste da Roménia, foi alertada para se proteger face a possíveis ameaças adicionais.

Este incidente não é isolado. Fragmentos de drones russos têm caído no território romeno ao longo do último ano, muitas vezes após serem abatidos pelas defesas aéreas ucranianas. 

Em setembro, a Roménia e a Letónia também registaram violações do seu espaço aéreo por drones russos, aumentando as preocupações quanto a uma possível escalada militar na região.

Face a estas incursões, os ministros da Defesa dos países do flanco leste da NATO apelaram a uma resposta coordenada por parte da Aliança. A proposta inclui a implementação de um sistema integrado de defesa aérea e de mísseis, reforçando a proteção contra ataques e violações por drones no espaço aéreo europeu.

O reforço das capacidades defensivas da NATO na região é considerado essencial para mitigar futuras ameaças e proteger os países-membros de eventuais escaladas no conflito.

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