Caudais lançados no Tejo baixaram, mas rio vai continuar a subir ao longo do dia

Agência Lusa , AM
14 dez 2022, 13:05
Imagens aéreas mostram escala das inundações no Crato, Portalegre(Diogo Ventura/Município do Crato)

CDOS de Santarém adverte que os “avisos meteorológicos para o dia de hoje, para precipitação”, tornam “expectável um agravamento dos caudais com consequente influência na previsão anterior”

Os caudais lançados no Tejo baixaram esta quarta-feira, mas, segundo a Proteção Civil, os níveis hidrométricos do rio vão continuar a subir até às 18:00 a jusante de Almourol, cuja estação registou um pico de 3.637 m3/s às 07:00.

Em comunicado, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém afirma que a diminuição dos caudais lançados pelas barragens “já se reflete a montante do Almourol”, mas, a jusante, as águas no Tejo vão continuar a subir ao longo do dia, “prevendo-se uma descida a partir das 18:00".

Contudo, o CDOS de Santarém adverte que os “avisos meteorológicos para o dia de hoje, para precipitação”, tornam “expectável um agravamento dos caudais com consequente influência na previsão anterior”.

Na terça-feira de manhã, a Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém acionou o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, no nível Amarelo, devido ao “aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo, especialmente nos provenientes de Espanha”.

No comunicado emitido esta manhã, o CDOS prevê que possa ficar isolada a povoação de Reguengo do Alviela, no concelho de Santarém, à qual, neste momento, se acede apenas em viaturas 4x4 ou pesadas.

Além de estar submersa entre Pombalinho e Reguengo do Alviela, a Estrada Nacional (EN) 365 está igualmente inundada entre Vale de Figueira e Pombalinho (Golegã), na Ponte do Alviela, e entre Santarém/Ponte de Celeiro.

No concelho de Santarém estão ainda submersas a EN365-4 na Ponte dos Alcaides, em S. Vicente do Paul, a Estrada Municipal (EM) 1348, que liga Ribeira de Santarém a Vale de Figueira, a rua do Regado, em Pernes, a estrada Vaqueiros/Louriceira (Alcanena), a ponte de Calhariz, na ligação Moçarria/Calhariz, a EN114-2 entre Vale de Moinhos e Almoster e a rua de Marvila, na ligação Ominas/Caneiras (condicionada por lençol de água).

No município de Abrantes encontra-se submersa a zona ribeirinha, a avenida D. João I, o cruzamento das ruas da Samarra e de S. Jerónimo, a estrada do campo em Tramagal, a zona ribeirinha de Alvega (Estação de Canoagem), a margem do Tejo na União de Freguesias (UF) de Alvega e Concavada e a rua da Sr.ª do Amparo, na UF Abrantes e Alferrarede.

Em Constância, além da submersão de parte do parque de estacionamento junto ao rio Zêzere, estão também submersos o caminho agrícola Coutada/Tramagal e a rua do Tejo.

Na Golegã, estão submersas a Estrada dos Lázaros (Caminho Municipal 1 e EN365), a Estrada das Braquenizes (VCE/Golegã), Rabo dos Cágados (EN365), Estrada de Vale Pintos (EN243), e a EN365 na ligação Pombalinho/Vale de Figueira (Santarém).

No município de Torres Novas, está afetada a Estrada do Lavra/Riachos, na Chamusca a zona dos cais de embarcações, no ribeiro do Arripiado, Carregueira, e em Alpiarça a EM 1360, na ligação Quinta da Torre/Quinta da Lagoalva.

Em Coruche, estão submersas a EN251 Coruche/Couço (com corte na rotunda Monte da Barca), a EM1061 (Couço/Montargil), a EN119 (Courelas da Amoreirinha), a EM1427 (Fajarda /Biscainho), a Estrada de Meias (Coruche/Azervadinha), a EM590 (Sta Justa/Montargil), a rua Paul Coruche, a EN119 (Quinta Grande) e a EN251 (Montinhos Pego/Couço), em quatro pontos.

Ao longo do dia, no concelho de Santarém, a EN365 poderá ainda ficar submersa em Palhais/Ribeira de Santarém e nas Assacaias, podendo igualmente ficar inundado o parque de estacionamento na traseira da estação de caminho-de-ferro, na Ribeira de Santarém.

Em Coruche, a subida das águas do Sorraia poderá provocar a submersão da ponte da Escusa e da EM Amieira/Rebolo e o galgamento da margem esquerda do rio, enquanto no Cartaxo poderá ficar submersa a EN3-2 em Ponte do Reguengo, Valada.

A “elevada probabilidade” de manutenção da situação de cheia, leva a Proteção Civil a recomendar a retirada das zonas confinantes, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens, bem como animais.

Recomenda, ainda, que não se atravesse, com viaturas ou a pé, estradas ou zonas alagadas e que a população se mantenha informada através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos agentes de Proteção Civil.

Durante a manhã de hoje (entre as 07:00 e as 11:30), o número de ocorrências devido ao mau tempo baixou significativamente, quando comparado com as 87 da manhã de terça-feira, com o registo de 25 situações em todo o distrito, envolvendo 74 operacionais e 24 viaturas, segundo a informação disponibilizada pelo CDOS.

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