O homem, de 62 anos, sofria de insuficiência renal crónica. Hospital não atribui causa de morte ao transplante
Morreu este sábado o primeiro recetor de um transplante de rim de porco geneticamente modificado, avança o jornal Guardian. A morte, avançada pelo Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, ocorre cerca de dois meses depois do transplante mas, segundo o próprio hospital, a causa de morte não está relacionada com a intervenção.
Richard Slayman, 62 anos, sofria de insuficiência renal crónica, e já tinha recebido em 2018 um transplante de rim humano, mas acabou por sofrer complicações. Em 21 de março passado, Richard voltou a ser notícia depois de os cirurgiões daquele hospital de Massachusetts terem transplantado pela primeira vez num doente vivo o rim de um porco geneticamente modificado. Foi a primeira pessoa viva a ser submetida a essa intervenção. Na altura, os cirurgiões estimavam que o rim do porco pudesse durar pelo menos dois anos.
Antes, já tinham sido transplantados rins de porco em doentes com morte cerebral como experiência. As modificações genéticas são feitas para reduzir o risco de rejeição do órgão transplantado, uma vez que o sistema imunitário do doente tende a atacar o órgão estranho.
Graças à tecnologia de edição genética CRISPR-Cas9, certos genes do porco foram removidos e genes humanos foram acrescentados para diminuir esse risco de rejeição.
Em comunicado citado pelo Guardian, a família agradeceu aos médicos pelos seus “enormes esforços” que lhe permitiram passar “mais sete semanas com o Rick”.