Cadeias de fast food norte-americanas testam serviços de inteligência artificial para receber pedidos

11 mai 2023, 12:54
Comida processada (Pexels)

A cadeia de de fast food norte-americana vai testar o projeto piloto em parceria com o sistema de inteligência artificial da Google Cloud. A Wendy's não é a primeira a inovar nesta área e embora o objetivo seja uma maior rapidez e precisão no serviço, a inteligência artificial ainda tem de ser monitorizada por uma equipa humana

A cadeia de fast food norte-americana Wendy’s vai lançar um projeto piloto onde a inteligência artificial estará a cargo de receber os pedidos no drive-thru. O projeto, com o nome “Fresh AI”, utiliza um bot que consegue falar com os clientes e anotar os seus pedidos, e deverá estar a funcionar já no próximo mês.

Em comunicado, a empresa norte-americana avança que o programa utiliza o software de inteligência artificial da Google Cloud e será lançado em Columbus, no estado de Ohio. Com esta inovação, a Wendy’s procura aproveitar o potencial da inteligência artificial generativa, eliminando a "complexidade no processamento do pedido", de modo que os seus funcionários se possam "focar em servir comida rápida, fresca e de qualidade", bem como um "serviço excecional", garante a empresa.

No entanto, segundo fontes citadas pelo The Guardian, a precisão do bot era de 79% em 2022, sendo que a cadeia de fast food espera um aumento deste valor para os 85% ou mais. Nesta fase, o sistema de inteligência artificial será implementado com monitorização humana.

A Wendy’s não é a primeira cadeia de fast food a integrar a inteligência artificial nos seus serviços. A McDonald’s lançou um restaurante parcialmente automatizado em dezembro de 2022, em Fort Worth, no Texas.

O restaurante da McDonald’s tem como enfoque o serviço take away e conta com uma equipa humana semelhante, em tamanho, à de um restaurante tradicional. Nesta unidade, os clientes recebem os seus pedidos num tapete rolante. A inteligência artificial também já está a ser implementada em cadeias de fast food como a Popeyes ou a Panera Bread.

Apesar da McDonald’s assumir como objetivos uma maior rapidez e precisão nos seus pedidos, a implementação de inteligência artificial e a automatização do serviço tem sido alvo de críticas. Nas redes sociais, os utilizadores não só criticam a imprecisão do serviço para com determinados pedidos, como criticam a empresa por preferir a via da automatização ao aumento do ordenado mínimo dos seus trabalhadores, segundo noticiado pelo The Guardian e pelo Business Insider.

O Parlamento Europeu aprovou esta quinta-feira um texto favorável à regulação de sistemas de inteligência artificial como o ChatGPT, baseado numa proposta anterior, onde foram acrescentadas regras como a proibição da vigilância biométrica, do reconhecimento de emoções e do policiamento preditivo

A inteligência artificial começa a ganhar tração à medida que é implementada nas mais variadas áreas, pelo que a proposta europeia pretende que estes programas adotem critérios de transparência especiais e que as empresas tenham de manter um controlo humano sobre os algoritmos. Adicionalmente, cada país terá ainda de ter uma entidade reguladora para fiscalizar o cumprimento das regras.

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