Pelo menos 22 mortos e 145 desaparecidos em naufrágio no noroeste da República Democrática do Congo

Agência Lusa , CF
19 jan 2023, 20:13
República Democrática do Congo (AP Photo/Riccardo De Luca)

Presidente dos grupos da sociedade civil da zona responsabilizou a sobrecarga da embarcação pelo acidente. "Não há atualmente outros meios de transporte na nossa província e aqui no território de Basankusu", lamentou

Pelo menos 22 pessoas morreram esta quinta-feira no noroeste da República Democrática do Congo (RDCongo) devido ao naufrágio de uma embarcação no rio Lulonga, enquanto as autoridades apontam para um total de 145 desaparecidos, disseram fontes locais.

"Era uma coluna de quatro canoas motorizadas que virou com a mercadoria. Havia cabras, sacas de milho, ovelhas e também um grande número de passageiros", disse o jornalista e diretor da rádio local Bomoko, Otis Evoloko, que participou nas operações de resgate, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O incidente ocorreu por volta das 02:00 locais (01:00 em Lisboa) entre as cidades de Wenga e Likwelo, que fazem parte do território de Bolomba e à província do Equador. A coluna de canoas, que havia saído da localidade de Basankusu, dirigia-se para Iranga, na fronteira com a República do Congo (Brazzaville).

"Recuperámos 22 cadáveres das águas do rio", acrescentou o jornalista.

O número de vítimas mortais é ainda provisório e pode aumentar nos próximos dias.

Pelo menos 145 pessoas estão desaparecidas, disse o presidente dos grupos da sociedade civil da zona, Jean-Pierre Wangela, que responsabilizou a sobrecarga da embarcação pelo acidente, mas comentou que os locais têm poucas outras opções.

"Não há atualmente outros meios de transporte na nossa província e aqui no território de Basankusu", lamentou, citado pela agência noticiosa Assiociated Press.

Embora não pudesse confirmar o número de mortos, o governador da província do Equador, Bobo Boloko, confirmou o naufrágio à EFE.

“Já enviamos as equipas de resgate para o local e em breve teremos um balanço do número de vítimas”, afirmou.

Os naufrágios são comuns na RDCongo, com os rios e lagos a serem usados ​​diariamente para transporte de passageiros e carga.

Além disso, as embarcações, muitas vezes precárias, tendem a viajar com excesso de peso e a sinalização é quase inexistente.

Em outubro de 2022, pelo menos 44 pessoas morreram no rio Congo devido a outro naufrágio, também na província do Equador.

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