Renault vai ter de ligar as baterias bloqueadas. Tribunal dá-lhe cinco dias para o fazer

CNN Portugal , DCT
24 fev 2023, 07:36

REVISTA DE IMPRENSA | A empresa francesa diz que já desbloqueou a bateria de 50 viaturas. Agora, vai dar entrada com um processo contra a concessionária E-Drive, que acusa de burla

A juíza do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considerou o bloqueio remoto das baterias dos carros Renault um “ato ilícito” que interfere com a “propriedade alheia” e deu cinco dias à empresa francesa e à financeira RCI (atualmente denominada Mobilize Financial Services) para que as baterias de nove lesados fossem desbloqueadas, entre os quais a Câmara de Vila Pouca de Aguiar.

O tribunal defende que as viaturas foram compradas “baterias incorporadas” e que, por isso, são os “legítimos proprietários” das mesmas, considerando ainda como “ilícita” a intervenção “por via informática” nos carros, avança o Jornal de Notícias esta sexta-feira. Deste modo, a Renault tem agora cinco dias para desbloquear as viaturas que têm ainda as baterias bloqueadas.

Diz a publicação a Renault admite que bloqueou os carros após a exportação e que continua a defender que se trata de uma burla por parte da concessionária E-Drive, em Vila do Conde, local onde foram comprados os Renault Zoe que, de um dia para outro, ficaram inutilizáveis devido ao bloqueio remoto das baterias. A empresa francesa vai entrar com um processo-crime contra o stand português.

Na fatura das viaturas compradas a este stand, os automóveis são descritos como “viatura sem aluguer de bateria” e, diz o JN, no registo do veículo não consta qualquer reserva. No entanto, uma vez que a Mobilize Financial Services garante que todos os carros têm contrato de aluger celebrados no estrangeiro - são viaturas importadas -, a juíza diz que cabe agora à financeira fazer a prova de que há um contrato de aluguer em dívida.

A Renault, que entretanto já desbloqueou 50 viaturas, garante que tem documentos assinados pelo dono da E-Drive, Alberto Ramalho, sobre o aluguer das baterias e a passagem do mesmo para terceiros, leia-se, os compradores agora impedidos de usar as viaturas. 

 

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