Covid-19: mortalidade fica abaixo dos 1.000 óbitos em janeiro. Mas em fevereiro vai subir

26 jan 2022, 14:36
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Pico de incidência estimado para o início de fevereiro poderá aumentar o número de óbitos, revela relatório a que a CNN POortugal teve acesso

O número total de vítimas mortais por covid-19 em janeiro deste ano deverá ficar abaixo dos mil, estando previsto um número médio máximo de 50 óbitos por dia. Os dados são apresentados no relatório Situação dos indicadores de Risco em Portugal, levado a cabo pelo Grupo de trabalho de acompanhamento da pandemia de covid-19 em Portugal do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e pela Ordem dos Médicos, e ao qual a CNN Portugal teve acesso.

Apesar de Portugal estar, de momento, com uma média de 36 mil casos de infeção por dia (a mais alta até agora), o número de óbitos tem-se mantido mais baixo, sobretudo quando comparado com janeiro do ano passado, que foi o mês mais 'negro' da pandemia em Portugal. Atualmente, lê-se no relatório, “subsiste uma descida da letalidade global de 0.17% (16 de janeiro) para 0.13% (dia 25), em média a sete dias, o valor mais baixo em toda a pandemia em Portugal”. De 1 a 25 de janeiro já se contabilizaram 706 vítimas mortais por covid-19.

Podemos afirmar que o limiar de óbitos não ultrapassará certamente a barreira máxima indicada por nós em dezembro de 1200 óbitos, estando este teto absoluto sido reduzido para 1000. Reforçamos, como dito no último relatório, que quase de certeza ficará abaixo dos 900 óbitos e a média a sete dias do número de óbitos deverá ficar limitada a 50 em janeiro (valor revisto pelas subidas recentes)”, escrevem os peritos no relatório.

Quanto a fevereiro, mês em que se prevê que aconteça o pico de incidência de novos casos, não foram apontadas previsões quanto ao número estimado de vítimas mortais. “A mortalidade em fevereiro será um pouco mais alta do que o esperado pelo arrastamento do pico da incidência para o início deste mês”, revela o relatório. 

Apesar de os indicadores serem mais positivos, sobretudo quando comparados com os dados do mesmo período do ano passado, o relatório dá conta de que “a média diária de óbitos cresceu de 27.1 para 40.1” em janeiro, mantendo a tendência crescente já detetada. “E continuará a manter-se crescente nos próximos 15 dias”. 

O reforço vacinal é apontado pelos autores do relatório como uma das principais armas contra a letalidade do vírus, apresentando como exemplo o decréscimo de mortalidade no grupo dos mais de 80 anos. Nesta faixa etária, a letalidade “está ainda em decréscimo, com valores a rondar os 4.5% (desceu dos 6.6% desde o último relatório)”, lê-se no documento.

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