Boris Johnson enfrenta moção de censura. 54 parlamentares conservadores querem que saia

CNN Portugal , com Lusa
6 jun 2022, 09:10
Boris Johnson (AP)

Graham Brady, presidente do Comité de 1922 - que representa os parlamentares conservadores - recebeu 54 cartas, o que equivale a 15% da bancada parlamentar, o suficiente para colocar a liderança de Boris Johnson debaixo de fogo

O primeiro-ministro britânico vai enfrentar esta segunda-feira ao final da tarde, entre as 18:00 e as 20:00, uma moção de censura no Partido Conservador. Em causa está o chamado ‘partygate’ - em que o governante esteve em festas durante o período de confinamento imposto para mitigar a propagação do SARS-CoV-2. A posição de Johnson face ao Brexit também está a dividir o partido.

Segundo avança o The Guardian, foram já entregues ao Comité de 1922 - que representa os parlamentares conservadores no parlamento britânico - 54 cartas a apelar ao voto de desconfiança a Boris Johnson, o que equivale a 15% dos 359 parlamentares e mínimo para que o primeiro-ministro seja avaliado dentro do partido.

A votação irá decorrer em secretismo e Boris Johnson apenas conseguirá manter o estatuto de líder do Partido Conservador se mais de 50% dos deputados votarem a seu favor. Caso a moção de censura seja maioritária, o partido começará uma campanha para escolher o novo líder e Boris Johnson não poderá concorrer.

Os votos serão contados de imediato e os resultados serão divulgados ainda hoje.

Numa sondagem interna, o ‘site’ ConservativeHome vinca que a maioria dos militares (57%) ainda é contra a demissão, mas refere que o número daqueles que querem uma nova liderança aumentou para 40%. 

Esta segunda-feira, o antigo secretário de Estado das Finanças Jesse Norman juntou-se ao grupo de críticos, enumerando numa carta uma série de razões, incluindo o escândalo ‘Partygate’ e a intenção de legislar para suspender partes do Protocolo da Irlanda do Norte do Acordo do Brexit.

“Prolongar esta charada de permanecer em funções não só insulta o eleitorado (…) mas torna uma mudança de governo na próxima mais provável”, disse Jesse Norman.

Em abril, Boris Johnson já tinha vindo a público pedir desculpa pelo seu comportamento durante o período de confinamento, mas manteve-se - e mantém-se - firme na hora de rejeitar a sua própria demissão.

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