REVISTA DE IMPRENSA. Associação dos Ucranianos em Portugal diz que o número é alarmante
Cerca de 10 mil crianças e jovens ucranianos, que se refugiaram em Portugal, não foram matriculados nas escolas. Segundo o Jornal de Motícias, do total de 14 mil menores que deram entrada no país, apenas 4.376 frequentam o ensino português.
A Associação dos Ucranianos em Portugal, que diz que o número é alarmante, justifica que há dificuldade de integração nas escolas, principalmente em idades entre os 11 e 15 anos.
A diferença cultural, linguística e a falta de apoio psicológico são apontadas como principais barreiras para os refugiados ucranianos em Portugal.
Segundo a última atualização feita pelo SEF, desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, Portugal concedeu 55.560 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam na Ucrânia, 32.569 dos quais a mulheres e 22.991 a homens. Aquele serviço de segurança acrescenta que foram autorizados pedidos de proteção temporária a 13.831 menores, representando cerca de 25% do total.
O SEF revela ainda que comunicou ao Ministério Público (MP) a situação de 736 menores ucranianos que chegaram a Portugal sem os pais ou representantes legais, casos em que se considera não haver "perigo atual ou iminente".
De acordo com o Jornal de Notícias, de acordo com dados do Alto Comissariado para as Migrações (ACM), o país recebeu 14.265 pedidos de proteção temporária de crianças e jovens até os 17 anos, sendo que o Ministério da Educação revela que, desses, estão matriculados nas escolas portuguesas apenas 4.376 desses menores. Ou seja, 9.889 jovens não frequentam qualquer estabelecimento de ensino.