"A noite a bordo foi um inferno". 176 migrantes resgatados no Mediterrâneo aguardam porto seguro

Agência Lusa , HCL
29 jan 2022, 17:32
Migrantes no Mediterrâneo (AP Photo/Bruno Thevenin)

Embarcação navega perto da costa de Lampedusa e continua a aguardar que um país europeu dê a autorização de um porto para desembarcar

Os 176 migrantes que estão a bordo do navio humanitário "Aita Mari", da ONG Salvamento Marítimo Humanitário, gozam de boa saúde e aguardam um porto seguro para desembarcar, enquanto navegam perto de Lampedusa.

O presidente da ONG e agente de saúde a bordo, Izaskun Arriaran, explicou num vídeo que os migrantes estão bem de saúde e que esta manhã foram submetidos a um teste de coronavírus, tendo 23 testado positivo e estando em isolamento.

O barco navega perto da costa de Lampedusa, onde se resguardou do mau tempo, e aguarda que um país europeu autorize um porto para desembarcar.

 

 

 

A noite a bordo foi um inferno tanto para a tripulação quanto para as 176 pessoas resgatadas. Esperamos que essa situação não dure muito", escreveu a ONG nas redes sociais.

O atuneiro basco convertido em navio de resgate acolheu este grupo na sexta-feira.

A embarcação notificou as autoridades italianas no dia 25 da localização de um navio em que viajavam, juntamente com 263 pessoas, sete cadáveres de migrantes que morreram de hipotermia, e que foram resgatados pela Guarda Costeira italiana, que os transferiu para a ilha de Lampedusa (sul).

Desde início do ano mais de 2.000 migrantes chegaram à Itália, em comparação com 870 no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Interior italiano.

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