Primeira-ministra fala numa "etapa decisiva"
O Senado francês aprovou este sábado a lei que prevê o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos, numa votação que reuniu 195 votos a favor e 112 contra.
A aprovação chega no fim do sétimo dia de protestos, com mais de um milhão de franceses a terem saído às ruas do país para protestarem contra a medida.
“Foi dado um passo importante”, afirmou à agência AFP a primeira-ministra, Elisabeth Borne, que lembrou as "centenas de horas de debate", e fala numa "etapa decisiva". A Assembleia Nacional reúne-se na próxima semana para uma aprovação final, a qual se espera que seja um pouco mais renhida.
#Vote | Après une centaine d’heures de débat, le Sénat adopte le texte de la réforme des retraites. Une étape décisive pour faire aboutir une réforme qui assurera l’avenir de nos retraites. Totalement engagée pour permettre une adoption définitive dans les prochains jours. pic.twitter.com/c2KC0XxB0s
— Élisabeth BORNE (@Elisabeth_Borne) March 11, 2023
Na próxima quarta-feira um comité conjunto das câmaras baixa e alta do parlamento vai reunir-se para discutir a votação final. Caso acordem no texto, essa votação deve ocorrer um dia depois. É aí que a lei será posta à prova, uma vez que o partido de Emmanuel Macron necessitará de aliados para passar a proposta.
Caso sinta que não vai ter votos suficientes na câmara baixa do parlamento, o governo pode sempre tentar passar a lei sem a apresentar aos deputados, naquele que é um procedimento conhecido como 49.3, o número do artigo que prevê esta possibilidade.
Caso esse seja o caminho a seguir, a oposição terá de apresentar uma moção de censura que deverá contar com uma maioria de pelo menos 289 deputados, podendo aí travar a passagem da lei.